A ficção científica vai deixar de ser ficção. Por mais batida que a frase pareça, é verdade. Basta pensar na videochamada por celular, que já pode ser feita da maioria dos aparelhos 3G vendidos atualmente, nas telas sensíveis ao toque de Minority Report ou num pendrive, que carrega mais dados do que todos os livros da sua casa numa peça do tamanho de um selo.
Nesta virada de ano, estamos diante de outra revolução tecnológica: a chegada do 3D ao dia a dia. Segundo a IBM, no seu relatório Next Five in Five, nos próximos cinco anos as imagens em três dimensões serão tão comuns que estarão até nos celulares. Também poderão ser criadas e manipuladas nas nossas casas, e nem sempre serão precisos óculos para vê-las.
A maneira com a qual pagamos nossas compras também será impactada. A Visa anunciou nesta segunda-feira (28) uma solução para efetuar pagamentos sem contato por meio de celulares, que será implementada por bancos nos Estados Unidos e em outros mercados. Assim, para pagar, só será preciso aproximar o celular da máquina. Esse futuro já está bem menos distante de nós: no Brasil, Cielo e Redecard já anunciaram parcerias com operadoras de telefonia móvel para transformar o celular em cartão de crédito. Falta, agora, atingir as massas.
Bateria respira
No cenário traçado pela IBM, baterias vão respirar oxigênio do ar para carregar nossos equipamentos, ou se alimentar da energia estática do nosso corpo, e vão durar dez vezes mais que as atuais.
3D sem óculos
A Apple registrou patente para um sistema de tela com efeito 3D estereos-cópio que dispensa óculos. Em tese, a imagem mostrada para o olho direito e a exibida para o olho esquerdo são modificadas.
Você passa e o seu celular paga
Aproximar o celular da máquina será suficiente para pagar suas compras. A Visa anunciou sua primeira solução comercial de pagamento sem contato, via celular, por enquanto disponível para bancos nos Estados Unidos e Europa. O banco dará um cartão microSD para o cliente colocar no celular para habilitar a função de dispositivo de pagamento. Por enquanto, roda em iPhone, BlackBerry e Samsung Vibrant Galaxy.
3D em casa
Imagine puxar o seu desenho para fora da tela do computador? É o que fará o Leonar3do, siste-ma que será demonstra-do no Brasil na Campus Party. A ideia é trazer a realidade virtual para a computação doméstica.
Cidadão cientista
Cada pessoa será um sensor ambulante. Telefone, carro e até seus tweets vão coletar dados que darão aos cientistas um retrato em tempo real do ambiente. O uso vai do combate ao aquecimento à salvação de espécies.
Carro esperto
Veículos serão mais inteligentes. A Ford, por exemplo, vai colocar nos carros convencionais a tecnologia que já está nos híbridos: desliga o carro quando para, e economiza até 10% de combustível em uso na cidade.
TV na internet
Já neste ano, o jeito que você usufrui da mídia começa a mudar. Caixinhas como a Boxee Box, da D-Link, vão ter programas de TV pela internet, streaming de vídeo e navegação na web usando o controle remoto.
Trânsito livre
Imagine seu trajeto sem engarrafamento, sem metrô lotado ou obras no caminho. Tecnologias com capacidade de análise aumentada vão oferecer recomendações personalizadas para se chegar logo ao destino.
Autoenergizante
Energia desperdiçada em grandes data centers pode ser direcionada para cidades, para aquecer prédios no inverno ou alimentar ar-condicionado no verão. Piloto na Suíça deve poupar a emissão de 30 toneladas de CO2.
Telepresença
Sabe quando o telefone toca e aparece uma foto de quem está chamando? Pois é. Segundo a IBM, nos próximos cinco anos, as interfaces 3D vão chegar ao celular e permitir que você interaja com hologramas tridimensionais dos seus amigos em tempo real através do seu aparelho.
Hegemonia digital
Todo dia surge um leitor de livros digitais diferente. Se alguém tem dúvida de que essa tecnologia vai arrasar nos próximos anos, uma informação: ontem, o Kindle, leitor de livros eletrônicos, se tornou o produto mais vendido da história da Amazon.com em toda a história. Desbancou Harry Potter.

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