A presidente Dilma Rousseff confirmou na segunda-feira (23) o aumento do salário mínimo para R$ 724 em 2014, 6,78% a mais do que os R$ 678 atuais – aumento real de 0,8% e o menor verificado nos últimos anos. Em 2013, o salário mínimo teve aumento real de 2,7%, e em 2012, de 7,6%.

Esse valor estava previsto no orçamento da União, aprovado pelo Congresso no início do mês. Ao comemorar a aprovação, Dilma disse que Executivo e Legislativo têm estabelecido uma relação muito construtiva e que o Congresso tem sido um grande parceiro do governo. O aumento em relação ao valor atual chega a 6,6% e já vale a partir de 1º de janeiro de 2014.

Já na semana passada, Dilma Rousseff chegou a comentar que o novo mínimo ficaria entre R$ 722 e R$ 724. De acordo com a presidente, a definição do valor estava atrelada ao PIB e à inflação.

A regra da correção do salário mínimo depende do fechamento do PIB (Produto Interno Bruto) e da inflação, mas dá para sabermos que ficará entre R$ 722 e R$ 724. Se tivermos perto de R$ 724 arredondamos para cima, damos uma força, disse. O pessoal pode ficar satisfeito antecipadamente, completou a presidente, em entrevista para emissoras de rádio de Pernambuco.

Impacto

A elevação do salário mínimo vai causar impacto de R$ 250 milhões na Previdência Social, que já acumula déficit acima de R$ 40 bilhões. O reajuste do piso nacional é feito com base na fórmula que leva em conta a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás somado à inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O valor final é definido por decreto da Presidência da República. A proposta inicial do Executivo era de R$ 722,90.

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