Em entrevista ao jornal Nova Imprensa e portal Últimas Notícias, o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Paulo Quintiliano, falou sobre vários serviços e assuntos relacionados à autarquia. Sobre a maior obra da pasta que ele considera de total importância, o diretor citou que atualmente é o tratamento de esgoto na cidade.
?É uma coisa que o governo federal está exigindo. Esta é uma obra de peso e de nome para a população, não falo que é para o Saae não. Porque se você despolui o rio, é a população que vai ganhar com isso, e não o Saae. Isso para a população é essencial. Outro obra em destaque é a questão dos reservatórios, assim que tivermos com uma situação regularizada de acordo com determinados bairros que têm uma certa deficiência de chegar água nesses locais, a partir disso, acho que o Saae ficará em uma situação mais confortável e a população dará o respaldo que a gente precisa, que é acreditar no Saae, que é da cidade?, disse.
Paulo Quintiliano explicou sobre a falta de água em Formiga: ?Água tem, o problema é que ela não consegue chegar a alguns pontos, por deficiência do sistema e por, às vezes, consumo exagerado de água por parte da população. Pode ser que não esteja o cano certo no lugar certo ou, às vezes, o reservatório não está no lugar que adéqua o bairro todo. Já estamos olhando esses bairros que são Alvorada, Alto da Praia, Novo Horizonte e Souza e Silva. Resolvendo isso e fazendo uma coisa séria, que são a barragem de captação e a adutora, porque futuramente teremos problemas caso não sejam providenciadas. Caso a adutora estourar, como a água vai chegar no Saae? É uma obra que já tem 40 anos. Se perguntar qual a obra primordial, eu responderia que são a adutora e a barragem. No caso do esgoto, a população vai ver uma cidade limpa, sem esgotos nos rios e córregos. É a obra chave do governo, mas para poder continuar o abastecimento de água, a barragem de captação e a adutora são essenciais?.

Prioridades e expectativas
Para o próximo ano, o diretor do Saae ressalta que as prioridades serão a reconstrução da barragem, fazer a nova adutora de água bruta, instalação dos hidrômetros que ainda faltam e evitar que buracos fiquem abertos por muito tempo nas ruas, com calçamento e asfalto mais rápidos.
Paulo Quintiliano ressaltou também sobre a inauguração da caixa d?água do bairro Alvorada. ?A caixa em si está praticamente pronta, está faltando apenas alguns detalhes de bomba aqui no Centro. Acredito que, neste mês, já esteja tudo certo. A inauguração provavelmente deve ser no início do ano, porque você tem que adaptar algumas coisas, o próprio serviço vai ter que fazer uma rede de distribuição para o Alvorada e para o Alto do Picolé, provavelmente será feito este ano também, mas não tem nada a ver com o projeto não, isso é obra do Saae. Acredito que no início do ano já seja colocado em funcionamento?.
Sobre o novo reservatório que será feito na estação do Saae, o diretor falou sobre a importância dessa construção. ?Não é para poder abastecer a cidade e sim para ter reserva de água. Esse reservatório tem que ser feito no Saae. O valor é cerca de 1 milhão a 3 milhões de litros pelo menos, o custo gira em torno de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, dependendo do tamanho?, ressaltou

Tratamento de esgoto e abastecimento de água
O diretor explicou sobre o projeto do tratamento de esgoto, que foi recentemente aprovado na Câmara Municipal. ?Já foi feito 4 quilômetros e meio dos interceptores da margem esquerda do rio Formiga, uma licitação e o contrato com a empresa também já foram feitos. Agora, só falta a Caixa Econômica dar a ordem de serviço para essa empresa começar a trabalhar. Serão feitos quase 21 quilômetros de interceptores dos córregos, com isso, o esgoto cairá nesses interceptores e não mais no rio. A estação de tratamento gira em torno de quase R$ 10 milhões, o governo municipal está em busca de recursos com o governo federal, já que é uma verba alta. Acreditamos que até o ano que vem conseguiremos esta verba e, em seguida, se inicia a obra. De momento é só os interceptores e emissários que já temos o contrato com empresa para fazer?.
Paulo Quintiliano ressaltou sobre os questionamentos da população referentes ao Saae. ?Quando ocorre algum problema, não gosto de dar uma resposta de imediato, vou primeiramente ao local para ver o que está acontecendo e vejo se posso resolver para, em seguida, dar uma resposta para a população?, disse.
Sobre a real situação financeira do Saae, visto que chegaram alguns projetos de suplementação de verbas na Câmara Municipal, Paulo Quintiliano explicou que isso é dinheiro da própria pasta, ele só é transferido de uma dotação para outra. ?Iremos chegar ao final do mês provavelmente em um estado que não está devendo. O que mandei para a Câmara não foi para pedir dinheiro emprestado e nem pegar com a Prefeitura não. Esse dinheiro é do próprio Saae, que está sobrando em uma dotação e precisamos dele para outra coisa. Mas em questões de investimentos, como a barragem e a adutora, o Saae não tem condições. No ano que vem, terá que ser feita alguma mudança para que as tarifas sejam revistas, se vai aumentar, quando, quanto, e isso eu não posso falar?, explicou.
O diretor do Saae comentou sobre a situação do abastecimento de água em Furnas. Ele explicou que estão fazendo o trabalho em cinco setores no local. ?Porém, o loteamento do Furnastur, do Edentur e do Vale do Sol está na Justiça. Segundo a Lei, é o município que tem que gerir o sistema de abastecimento de água e lá não era assim e nem tinha concessão, só que eles entraram na Justiça e ela está analisando isso, com isso, não podemos mexer nesses três loteamentos. Estamos parados porque a Justiça deu uma liminar e estamos aguardando?, concluiu.

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