O prefeito de Divinópolis, Gleidson Azevedo, anunciou nesta segunda-feira (12) que o município decretará estado de emergência na saúde pública devido ao aumento expressivo dos casos de doenças respiratórias e à superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto. A medida visa viabilizar repasses emergenciais do Governo de Minas e a abertura de novos leitos hospitalares.

A decisão ocorreu após a transferência de dois bebês com bronquiolite, realizada com apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV/MG). As crianças, de 2 e 4 meses de idade, estavam na UPA aguardando vagas em Centros de Terapia Intensiva (CTIs). Um seguiu para Timóteo e o outro para Governador Valadares.

Nesta segunda-feira (12), a UPA registrava cinco crianças aguardando internação: três com doenças respiratórias, uma com dengue e uma com abscesso cirúrgico. Na sexta-feira anterior (9), 11 crianças esperavam transferência para leitos hospitalares, e a taxa de ocupação da pediatria ultrapassava 200%.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a regulação de leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Isso, conforme a Deliberação CIB-SUS/MG nº 3.941, de 2022.

Até 5 de maio, Divinópolis havia registrado 177 internações por doenças respiratórias, de acordo com dados da SES-MG. Os atendimentos por Síndrome Respiratória na UPA cresceram 98% entre janeiro e abril deste ano. Já os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram 91% no mesmo período. Nas unidades da Atenção Primária, o crescimento foi de 86%.

 

Fonte: Amanda Quintiliano/ Portal Gerais

 

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