A lombalgia, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma das queixas de saúde mais comuns no mundo e a segunda maior causa de consultas médicas, ficando atrás apenas do resfriado. A informação foi apresentada durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, realizado em Salvador (BA).

De acordo com o fisioterapeuta Fábio Luciano Arcanjo de Jesus, que participou de uma das mesas do evento, a dor se localiza na região lombar, na parte mais baixa da coluna. “Na Bahia fala-se em ‘dor nas cadeiras’ ou ‘dor nos quartos’, mas, enfim, lombalgia é a dor na região posterior das costas”, explicou.

Em entrevista à Agência Brasil, Arcanjo de Jesus afirmou que a lombalgia é “a patologia que mais acomete a população mundial”. Estimativas indicam que entre 65% e 80% das pessoas ao redor do planeta sofrerão com dor lombar em algum momento da vida.

A boa notícia, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, é que a maioria dos casos tende a se resolver espontaneamente. Cerca de 50% dos pacientes apresentam melhora em uma semana, 90% em até oito semanas e apenas 5% continuam com sintomas por mais de seis meses ou desenvolvem algum tipo de incapacidade.

O problema costuma estar associado a fatores posturais. Má posição ao sentar, dormir ou carregar objetos pesados são causas frequentes da dor. No entanto, há outros elementos envolvidos. “Existem movimentos que causam dor, existem posturas mantidas por um tempo prolongado que causam dor, existem sobrecargas que causam dor, existem inúmeras possibilidades que podem causar essa dor tais como infecções, fraturas e traumas”, alertou o fisioterapeuta.

Quando a dor se intensifica ou começa a provocar limitações nas atividades diárias, a recomendação é procurar um médico. “Quando a dor intensifica e começa a limitar [suas atividades], a pessoa deve procurar o médico. O ideal é que a gente tenha ciência do que está causando essa dor o quanto antes para que essa dor não cronifique e não aumente”, orientou.

Para prevenir o surgimento da lombalgia, a orientação é clara: manter-se ativo. “Movimento é vida. A gente precisa fazer atividade física e exercícios regulares, ter bons hábitos, ter boas rotinas e nos movimentar-nos para que minimizemos as possibilidades de dores lombares”, concluiu Arcanjo de Jesus.

Com informações da Agência Brasil/Hoje em Dia

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