Na tarde dessa quina-feira (16), por volta das 16h00, Policiais Civis que estão em greve há exatamente um mês e promoviam uma passeata na Zona Sul da cidade de São Paulo entraram em confronto com equipes da Polícia Militar na Rua Padre Lebret, no Morumbi.
O objetivo do grupo de manifestantes era seguir com a passeata até o Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo de São Paulo, quando eles forçaram a passagem por uma primeira barreira formada pelos PMs teve início o confronto. Através de empurrões e troca de socos, os manifestantes conseguiram romper o cordão de isolamento e para conter o grupo que seguia seu trajeto, policias militares que estavam em uma segunda barreira lançaram bombas de efeito moral e gás lacrimógênio e disparam tiros com balas de borracha, fazendo com que os policais em greve recuassem. Carros das equipes de forças especiais da PM foram estacionados em um cruzamento para formar uma barreira compacta contra o avanço da passetata.
Algum tempo depois, após o retorno dos manifestantes, carros de equipes da Polícia Civil se aproximaram do local onde foi feito o bloqueio. Cerca de 10 minutos após o arremesso de várias bombas de efeito moral o grupo de manifestantes tornou a se aproximar da barreira e novamente tentou avançar. Por volta das 16h18, novamente foram arremessadas bombas de efeito moral para dispersar o grupo.
No caminho até o Palácio dos Bandeirantes grupamentos de policiais militares estão de prontidão. Foram formadas barreiras por PMs da Força Tática, da Tropa de Choque e da Cavalaria.
Através de nota, o governo do estado de São Paulo informou que as vias públicas situadas ao redor do Palácio dos Bandeirantes são consideradas área de segurança e por isso as barreiras policiais foram montadas.
O presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia de São Paulo, João Batista Rebouças Neto, reage às reclamações dizendo que a medida é necessária. ?É preciso entender que, como a polícia defende a população, foi necessário chegar a esse ponto para melhorar as condições de trabalho?.
Ele afirma que o sindicato tenta desde o mês de fevereiro entrar em contato com o governador José Serra. Segundo Rebouças, Serra não quer recebê-los e justifica que não tem dinheiro. Os policiais civis pedem 15% de reajuste salarial em 2008 e 12% para 2009 e 2010.

Fonte: G1

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