Redação UN

Com a divulgação pelo portal Últimas Notícias, na semana passada, de matéria sobre um golpe aplicado em Formiga e região, aumentou e muito o número de vítimas que já confirmaram ter caído no chamado Golpe do Consórcio.

Diante desta constatação, a equipe do jornal Nova Imprensa/Portal Últimas Notícias, com base em dados extraídos de um contrato celebrado entre a empresa denominada ONE CLICK SOLUTIONS LTDA e uma das vítimas, foi confirmado que o endereço fornecido como sendo o da sede da mesma, é falso.

O número 40 da Rua Cunha Xavier, no bairro Residencial Buritis, na cidade de Arcos, simplesmente não existe.

Trata-se de um lote vago e o que é pior, segundo a vizinhança, o terreno vago, pertence à incorporadora que fez o lançamento do loteamento.

De fato, em contato com a direção da mesma, o portal foi informado que o referido terreno vago ainda é de sua propriedade (lote 1 – quadra D).

Consultando a Receita Federal foi constatado que a empresa, do mesmo nome e CNPJ, está registrada com data de abertura em 08/09/2014, no código e descrição de atividades 73.19-0-03. Estranho também, é que o endereço declarado à Receita Federal pela empresa é o mesmo, onde inexiste qualquer possibilidade de se abrigar a sede da mesma, pois como comprovado está, trata-se de lote vago.

Ouvindo o delegado Ricardo Bessas, que investiga os fatos, ele confirmou que outras vítimas já estão sendo ouvidas e reforça o apelo para que, todos os que tem conhecimento destes fatos, e se julgarem vítimas, procurem pessoalmente a Delegacia de Polícia Civil, no gabinete do delegado Ricardo Bessas, munidos de documentos para que sejam ouvidos.

Rememorando:

O crime

Um homem, de 29 anos, foi vítima de estelionato em Formiga, ele perdeu R$ 27.231 mil ao se vincular a um falso representante, que se dizia ser funcionário de um banco. Ele, sem desconfiar, fez os pagamentos acreditando estar adquirindo o consórcio de um imóvel.

Na época, o estelionatário ofereceu para ele uma carta de crédito, referente a um imóvel, no valor de R$155 mil.

O suposto representante disse à vítima que se ela desse uma entrada no consórcio, ela receberia, no prazo de três meses, a quantia previamente adiantada.

Acreditando na idoneidade do “representante bancário”, a vítima deu uma entrada no valor de R$ 17 mil e, posteriormente, foram pagas 11 parcelas de R$ 871, e uma taxa de vistoria no valor de R$ 650.

Após fazer os pagamentos, o estelionatário disse à vítima que o valor total de R$ 27.231,00 iria ser devolvido, devido a solicitação de cancelamento do contrato.

De acordo com a vítima, depois de inúmeras tentativas de contato, o criminoso não atendeu e nem retornou as ligações e as mensagens enviadas por ele. A última tentativa de contato ocorreu na terça-feira (9), sem sucesso.

A Polícia Militar fez o registro da ocorrência na sexta-feira (12). Na semana passada, também foram registrados outros dois casos em Formiga, envolvendo o suspeito, que apresentou a mesma metodologia.

Polícia Civil faz alerta à população

Estelionatários estão aplicando na região o chamado “Golpe do Consórcio”, quando oferecem a possibilidade de liberação de cartas de crédito visando a facilitação na aquisição de imóveis.

Mas, para obter tais pedras “sorteadas” oferecidas pelos estelionatários, era exigido da vítima o adiantamento de um percentual sobre o valor a ser obtido e que eles garantiam que seria liberado dentro do prazo fixado em 90 dias. Porém, isto ocorreria mediante o pagamento antecipado das famosas taxas de avaliação do imóvel e das prestações vincendas até a tal liberação da quantia relativa à “pedra sorteada”, objeto da negociação fraudulenta.

As vítimas compareceram à Delegacia e, por meio de relatos, e o que o delegado Ricardo Bessas já apurou, fizeram com que a autoridade solicitasse que elas apresentassem documentos (contratos, recibos de depósitos, de transferências e outros documentos) e outras informações sobre o golpe aplicado.

Isto para que o delegado instrua o inquérito que deverá ser encaminhado à Justiça contra os estelionatários que, no município, se valem inclusive do nome de empresa formalizada e de uma instituição bancária nos anúncios que divulgados nas redes sociais tem atraído as vítimas.

COMPATILHAR: