Donos de pousadas e hotéis na região da Serra da Canastra estão recebendo orientações da Superintendência Regional de Saúde (SRS) para intensificar o pedido de vacinação contra a febre amarela aos turistas que visitam a região. Empresários do município de Vargem Bonita, na região Centro – Oeste receberam uma palestra sobre o tema nessa semana.
O dono de uma pousada da região, Vicente Melo, disse que a palestra foi voltada para orientações e apresentação de dados sobre a febre amarela no estado. “Recebemos explicações sobre a doença, onde ela se encontra em maior evidência e o principal foi que todos nós fomos orientados a pedir que os turistas que têm intenção de viajar para Serra da Canastra se vacinem antes de chegar à região”, disse.
A ação é unicamente preventiva, como destacou a Secretaria de Saúde, que destacou ainda que na região não há nenhum registro ou caso da doença sendo investigado.
A diretora da Associação de Turismo da Serra da Canastra (Atusca) destacou que a medida é importante para reforçar um ato que deve ocorrer frequentemente.
“Orientar turistas sobre vacinação contra febre amarela é um dever de todos que reservam a hospedagem. Isso porque a Serra da Canastra é uma região silvestre e de ampla flora e fauna, banhada por rios e cachoeiras diversas. Entendemos que neste momento a orientação se torna ainda mais importante, mas deve ocorrer sempre”, enfatizou.
Investigação na região Centro-Oeste
O relatório diário de prováveis casos de febre amarela mostrou que há rumores de epizootia – morte de macacos – em investigação em Japaraíba e Tapiraí, no Centro-Oeste do estado. Isso ocorre porque macacos foram encontrados mortos nos municípios.
A doença não foi confirmada em nenhuma das cidades. As doses da vacina contra a febre amarela estão disponíveis normalmente nos postos de saúde dos dois municípios.
A doença
A recomendação de idade para tomar a vacina é a partir dos noves meses. Em seguida é preciso haver um reforço aos quatro anos. Para os adultos, a vacina é feita em dose única de dez em dez anos.
A doença é transmitida pela picada de mosquitos silvestres. O período de incubação do vírus varia de três a seis dias.
Os sintomas se parecem com os de uma gripe. Além de febre, há amarelão na pele e nos olhos, calafrios, dores de cabeça e no corpo. O vírus pode ainda atacar fígado e rins, provocando crise de vômito e diarreia. Em estágio grave, o paciente pode deixar de urinar e apresentar sangramentos e confusão mental.
Quem apresenta os sintomas deve procurar um médico e relatar se viajou nos 15 dias anteriores para áreas de mata ou próximas a rios. O indicado é permanecer em repouso e fazer reposição de líquido.
Fonte: G1 ||
