Dois novos acordos assinados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com universidades de Portugal foram anunciados nessa semana. Agora, são 31 instituições públicas e particulares do país europeu que selecionam candidatos por meio de notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Entraram para a lista o Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (Ispa) e o Instituto Leonardo da Vinci (Estal). Outras sete unidades lusitanas também estariam pleiteando participar do acordo, segundo o Inep.

Uma estimativa feita pelo órgão aponta que pelo menos 1.200 brasileiros já ingressaram em instituições portuguesas com as notas do Enem. O mapeamento, feito em abril, considerou 23 das 29 universidades que participam do projeto.

Professora da Faculdade de Educação da UFMG, Maria Alice Nogueira vê com bons olhos o aprendizado lá fora. Para ela, atualmente, existe uma tendência de internacionalização do ensino. “Buscar sistemas iguais ou superiores ao brasileiro, com outras metodologias de ensino, ajuda a ficar a frente no mercado, melhora o currículo e até a avançar em áreas do conhecimento”, diz Maria Alice, que é especialista em sociologia da educação e faz pesquisas sobre o tema.

Seleção

Mesmo com a maior procura, ainda ficam algumas dúvidas sobre as etapas do processo de seleção. Não existe uma regra unificada, já que cada instituição decide sobre o acesso aos cursos ofertados. Normalmente, é pedido que o estudante tenha prestado o Enem no máximo há três anos, além de ter alcançado pelo menos 500 pontos na prova.

São ofertadas vagas nas mais diversas áreas. No entanto, não é possível usar o exame para se candidatar ao curso de medicina. O mais indicado é procurar no site do MEC (portal.mec.gov.br) a lista de universidades conveniadas e consultar, em cada uma delas, como funciona a seleção. Em alguns casos, há possibilidade de bolsas de estudos.

Fique atento

Qualquer graduação realizada no exterior precisa ser revalidada no Brasil. Por isso, é preciso procurar as universidades públicas que ministram cursos reconhecidos no mesmo nível e área, ou equivalentes. Além disso, apesar de corresponderem, alguns dos que são oferecidos em Portugal têm duração de três anos e, nesses casos, pode ser mais difícil conseguir a validação.

Mais informações podem ser obtidas no site carolinabori.mec.gov.br.

 

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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