Um equipamento desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, diminuiu as dores musculares, a rigidez dos músculos e os tremores de 10 pacientes com o Mal de Parkinson, durante testes preliminares.

Desenvolvida em parceria com a Unicep e a Universidade Martin-Luther-Halle (Saale), na Alemanha, a tecnologia usa laser e sucção dos músculos. Agora, o Instituto de Física da USP (IFSC) busca voluntários para novos testes. (veja abaixo como participar).

A doença

O Mal de Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico, que atinge principalmente pessoas com mais de 60 anos. Ela afeta principalmente o cérebro e não há formas de prevenção e cura.

Tremores, lentidão dos movimentos, rigidez e atrofia muscular, dores musculares (mialgia), dificuldades para começar ou continuar determinados movimentos, como começar a caminhar ou se levantar de uma cadeira, são os sintomas característicos.

A doença atinge um índice mundial entre 1% e 2%, sendo que estudos internacionais estimam que o número de pacientes, no Brasil, dobrará até 2030.

Combinação de laser e sucção de músculos

Os pesquisadores testaram um protocolo que diminui as dores musculares, a rigidez dos músculos e dos tremores de paciente com Parkinson, utilizando uma combinação simultânea de laser e de pressão negativa (sucção dos músculos). O trabalho científico foi publicado já no Journal of Alzheimer’s Disease & Parkinsonism.

O equipamento foi desenvolvido há algum tempo e era para procedimentos de estética, combinando laser e vácuo. Os resultados do experimento com o Mal de Parkinson surpreendeu os pesquisadores.

“Reutilizamos esse equipamento que estava – e está – dedicado à melhora da condição muscular e a estética, e os resultados foram impressionantes quando aplicamos o protocolo experimental em doentes com Parkinson. Quase não deu para acreditar”, disse o pesquisador Antônio de Aquino Junior, coordenador da Unidade de Terapia Fotodinâmica, por meio da assessoria de imprensa do IFSC.

Segundo o professor Vanderlei Bagnato, embora as células cerebrais que comandam a parte motora continuem causando danos, com a progressiva perda de comando, a tecnologia consegue dar um conforto ao paciente.

 

Fonte: G1 ||

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