Uma fêmea de macaco bugio foi resgatada, na quinta-feira (7), por uma equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (Cetas), do Ibama, em São Lourenço, no Sul do estado.
A captura do animal, no centro da cidade, foi feita em um trabalho conjunto com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Varginha. A denúncia partiu de vários moradores, que reclamaram de um macaco que estava entrando em residências.
Segundo o analista ambiental do Ibama, Daniel Vilela, o animal “estava arredio e deu muito trabalho até ser capturado”. O bugio apresentava sinais de subnutrição e alguns ferimentos.
O macaco foi entregue ao Hospital veterinário da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Depois de ser examinado, foi devolvido à natureza, numa mata próxima à cidade.
Proteção da espécie
O macaco bugio-ruivo desempenha um papel crucial na natureza como indicador da saúde dos ecossistemas da Mata Atlântica, onde habita. Sua presença e comportamento são indicativos do equilíbrio ecológico da região, uma vez que sua alimentação à base de folhas e frutas contribui para a dispersão de sementes, promovendo a regeneração das florestas. Além disso, sua presença nas copas das árvores ajuda a controlar as populações de insetos, desempenhando um papel importante na regulação da biodiversidade.
“A conservação do macaco bugio não apenas protege uma espécie ameaçada, mas também contribui para a preservação de todo um ecossistema e dos serviços ambientais essenciais que ele oferece. Essa operação do IEF, em conjunto com o Ibama, visa não apenas resgatar indivíduos em situação de risco, mas também promover a conscientização da população sobre a necessidade de proteger as espécies nativas e seus habitats. O macaco bugio é um símbolo da biodiversidade da região e merece nossa atenção e cuidado” comenta a diretora de fauna do IEF, Adriana Spagnol de Faria.
Fonte: Estado de Minas/ Hoje em Dia