Dezenas de estudantes de escolas particulares e públicas se reuniram nesta segunda-feira (15) no centro de Belo Horizonte para protestar contra os problemas ocorridos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010. Os manifestantes defendem que todos os candidatos possam refazer a prova realizada nos dias 6 e 7 de deste mês. O Ministério da Educação (MEC) só autorizou a segunda chance para aqueles que tinham o caderno com erro, que relataram o defeito ao fiscal e que não puderam trocar o material.
Com nariz de palhaço, cartazes nas mãos e sob uma chuva fina, os jovens saíram da praça Sete e caminharam até a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na avenida João Pinheiro, na região Centro-Sul da capital.
Não somos contra o Enem. Somos contra o descaso do governo. Essa trapalhada foi só o estopim de uma série de falta de investimentos, disse o presidente da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas da Grande Belo Horizonte (AMES-BH), que organizou a manifestação.
Ele conta que foi um dos alunos que fizeram a prova com erro de impressão. Me senti lesado. Se vou ter outra oportunidade, todos devem ter. O governo deveria elaborar uma prova que em vez de fazer o papel de vestibular, contribua para que mais pessoas entrem na faculdade, afirmou.
Ana Paula Mendes, 18, candidata a uma vaga em veterinária na UFMG, disse que o estilo da prova não mede o conhecimento, mas sim a resistência dos candidatos. Só fiz vestibular para a Federal. Não posso ter um ano de esforço prejudicado por um erro do governo. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, estudantes que fizeram o Enem também protestaram.

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