O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmou, nesta terça-feira, a primeira infecção por coronavírus no país. 

Reportado pela primeira vez em 2012, na Arábia Saudita, um novo surto do vírus foi identificado recentemente na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China. Os casos foram exportados, inicialmente, para a Tailândia, o Japão e Coréia do Sul. 

Segundo o CDC, que acompanha a evolução da doença em todo o mundo, as autoridades de saúde chinesas relataram que os pacientes experimentaram febre, tosse, dificuldade em respirar e pneumonia. Naquele país, cerca de 300 pessoas foram infectadas, com seis mortes devido à doença.

A confirmação de um caso em território norte-americano reforça o alerta para outros países, caso do Brasil, em razão da grande circulação de visitantes oriundos de locais com relatos de contaminação. 

Cientistas afirmam que cepas de coronavírus são comuns em muitas espécies de animais, incluindo camelos e morcegos. Raramente, contudo, esses agentes podem evoluir e infectar humanos e depois se espalhar entre populações.

Ministério da Saúde

Em nota, divulgada nesta semana, o Ministério da Saúde do Brasil informa que não há detecção de nenhum caso suspeito de Pneumonia Indeterminada relacionado ao evento na China. A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à Organização Mundial da Saúde (OMS), que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019.  

“As informações disponíveis até o momento são limitadas para determinar risco geral de surto relacionado à doença. Os casos estão restritos a trabalhadores ou visitantes de um mercado atacadista de peixes e animais vivos na cidade de Wuhan, na China.

Os sinais e sintomas clínicos da Pneumonia Indeterminada são principalmente febre, dor, dificuldade em respirar em alguns pacientes e infiltrado pulmonar bilateraL”, informa o documento.

“Embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas. Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações”, prossegue.

Ainda de acordo com o Ministério, o governo brasileiro “adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país diante do episódio ocorrido na China. Entre essas ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela OMS; a notificação da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias”.

 

Fonte: Hoje em Dia||
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