A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre a morte de dez gatos em uma Organização Não Governamental (ONG) localizada no bairro Carlos Prates, região Nordeste de Belo Horizonte. Uma mulher de 34 anos, ex-funcionária da instituição, foi indiciada pelo crime de maus-tratos contra animais.
Segundo as autoridades, os felinos apresentaram sinais de envenenamento no dia seguinte à demissão da suspeita, ocorrida em fevereiro deste ano. Dez animais morreram e outros dois foram socorridos com vida. Exames realizados em restos de alimentos confirmaram a presença de veneno, possivelmente chumbinho.
A mulher havia assinado um termo de voluntariado após ser desligada da função de limpeza, o que permitia sua permanência no local. Na manhã do dia 22 de fevereiro, ela esteve na ONG e, pouco depois de sua saída, os gatos começaram a passar mal.
A presidente da ONG Basta Adotar, Ana Flávia Vieira Pires, relatou nas redes sociais o momento em que os voluntários encontraram os animais em sofrimento. “Um dos gatinhos morreu nos braços de uma voluntária. Ao retornar ao gatil, ela encontrou outros em estado crítico e vários já sem vida”, afirmou.
Além dos indícios de envenenamento, camisas foram encontradas no terreno vizinho, levantando suspeitas de que tenham sido utilizadas para invadir o abrigo. Dois gatos foram levados em estado grave para uma clínica veterinária.
O caso foi encaminhado à Justiça. A mulher responderá pelo crime previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, que trata de maus-tratos a animais silvestres, domésticos ou domesticados. A pena varia de três meses a um ano de detenção, além de multa, podendo ser aumentada em razão das mortes.
O episódio gerou comoção entre defensores dos direitos dos animais e reacendeu o debate sobre segurança em abrigos e punições para crimes de crueldade animal.
Com informações do Hoje em Dia