O ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Wellington Magalhães foi condenado, em primeira instância, a 31 anos de prisão, em regime fechado, por lavagem de dinheiro e por integrar uma organização criminosa.

A decisão do juiz Milton Lívio Lemos Salles, da 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte, acatou parcialmente a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), e condenou, além do ex-vereador, outras cinco pessoas, incluindo a mulher do ex-parlamentar. Inicialmente, o MPMG havia denunciado sete pessoas pelos crimes de ocultação de bens, direitos e valores.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os acusados foram condenados pelos crimes de lavagem de dinheiro mediante a compra de imóveis e veículos e a realização de viagem internacional.

O ex-vereador da capital foi condenado a 31 anos e 6 meses de prisão, enquanto sua esposa teve a pena decretada a 27 anos de prisão em regime fechado. Outras duas pessoas foram condenadas a 4 anos e 6 meses de reclusão em regime semiaberto.

Uma terceira pessoa foi condenada a 3 anos e 4 meses de prisão, em regime aberto, por atrapalhar as investigações dos crimes. A pena, nesse caso, foi substituída por prestação de serviços à comunidade.

Na decisão, o juiz não determinou a prisão preventiva dos acusados, mas estabeleceu o confisco e a perda dos bens obtidos de forma ilícita dos condenados. “Obviamente, que a prisão dos condenados em regime fechado e semiaberto, segundo orientação do STF, somente poderá ocorrer depois do trânsito em julgado na 3ª instância que é aquele tribunal”, explicou o magistrado.

Procurado, o advogado de defesa do ex-parlamentar, Leonardo Salles, afirmou que recorreu da decisão na última quarta-feira (16) por não concordar com os termos do processo. O Ministério Público, por sua vez, informou que não foi intimado da decisão.

Entenda.

Wellington Magalhães presidiu a Câmara de Belo Horizonte entre 2015 e 2017. Ele foi acusado pelo Ministério Público de desvio de recursos públicos por meio de contratos feitos pelo Legislativo. Na época, as investigações revelaram que R$ 30 milhões foram desviados dos cofres municipais.

O ex-vereador chegou a ser preso em 2016 e em 2019, quando a Câmara Municipal cassou o seu mandato. Atualmente, Magalhães responde o processo em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica.

Fonte: O Tempo

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