A direção do Santa Marta apresentou uma proposta de venda do hospital para o Executivo e, durante um encontro, ficou decidido que seriam entregues a planta e a planilha do que estaria sendo vendido.
Esses documentos foram analisados por técnicos da Secretaria de Saúde e encaminhados para análise da Secretaria de Governo e Controladoria para avaliarem os custos. A venda do hospital foi cogitada em torno de R$2,5 milhões, fora os gastos que a Prefeitura teria com as reformas para adaptar o local.
O prazo para dar a resposta à diretoria do hospital terminaria no dia 31, entretanto, o Executivo já enviou esta semana a decisão de suspender as negociações. Como informou o chefe de gabinete, Sheldon Almeida, eles decidiram pela suspensão por enquanto porque há duas outras possibilidades de construção do Pronto Atendimento Municipal (PAM) sem recursos do município. Uma delas seria por meio das emendas parlamentares prometidas pelo deputado federal Jaiminho Martins/PR, no valor de R$800 mil, e a outra por meio de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), na qual o governo federal destinaria até R$1,5 milhão para a construção e compra de equipamentos.
Sheldon Almeida ressalta que, como não tiveram ainda uma resposta negativa dessas duas possibilidades, então vão tentar buscar um posicionamento primeiro sobre esses recursos, para só depois negociarem ou não com a diretoria do Hospital Santa Marta. ?Se não vierem os recursos, aí temos que pensar em outra alternativa, que poderia ser comprar o Santa Marta. Quero deixar claro que apenas suspendemos a negociação e não zeramos a possibilidade?, enfatiza o chefe de governo.

Proposta de negociação
Em entrevista nesta quinta-feira (27) ao Jornal Nova Imprensa e portal Últimas Notícias, Luíza Flora disse que estava de acordo que a Prefeitura comprasse o hospital, desde que fosse transferida para lá toda a parte administrativa, o Semam (consultórios instalados na Secretaria), e somente até se construir o novo Pronto Atendimento Municipal (PAM).
De acordo com a secretária, muitas adaptações teriam que ser feitas no local para atender aos serviços de urgência e emergência. ?Lá comportaria, mas, de imediato, teria que fazer reformas?. Luiza Flora ressalta que o prédio atual da Secretaria de Saúde é histórico e que precisa de reformas. Sempre fazem reparos no local, mas não se pode mudar estrutura física dele.
Se fosse comprado o hospital Santa Marta, o PAM seria transferido para lá. Hoje, o Pronto Atendimento funciona em uma parte da Santa Casa alugada por R$6.398,40. Como salienta Luiza Flora, essa parte que a Secretaria aluga faz parte do plano diretor da Santa Casa e logo a entidade vai precisar do espaço.
Entretanto, a secretária enfatiza que o objetivo é a construção do novo PAM, pois, para participar Rede de Urgência e Emergência do Estado, tem que ter uma estrutura mínima, que conta algumas exigências, como a entrada de ambulância para emergência, entrada para eletivos, para necrotério. ?São pontos hoje que nem na Santa Casa a Secretaria não tem, depende deles e nem no Santa Marta teria?, declara. No projeto de ação da secretaria contempla tudo isso.
Construção do PAM
Segundo Luiza Flora, o novo PAM ainda não foi construído por falta de recursos financeiros. O governo do estado pediu a alteração projeto e este já foi aprovado. O orçamento é em torno de 1,2 milhão a 1,8 milhão.
Luiza Flora conta que existe uma portaria do Ministério da Saúde que destinaria recursos dentro do projeto para Rede de Urgência de Emergência. Assim, o governo estadual daria um suporte com a metade do custeio. A secretária explica que se tudo correr bem Formiga será contemplada.

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