Elas entopem os bueiros da cidade, poluem os lençóis freáticos e podem levar até 150 anos para se decomporem. Embora bastante usadas, as garrafas Pet preocupam e ao mesmo tempo, mobilizam os moradores da rua José Francino no bairro Vila Padre Remaclo, onde existe um lote vago com milhares de garrafas reunidas para serem recicladas.
O que seria uma boa solução para elas se transformou em um problema, pois no local onde estão acondicionadas estão se proliferando ratos baratas, escorpiões e até cobras já foram encontradas no local
Segundo uma moradora da rua, o recolhimento das garrafas pelo bairro é feita por um único rapaz, o mesmo que as coloca no referido lote, que não possui nenhum tipo de cobertura ou estrutura para o armazenamento, o que pode provocar, por exemple, a proliferação do tão combatido Aedes Aegypti (mosquito da dengue), que no período de chuva e com o tempo quente encontra ótimas condições para sua reprodução. É justamente nessa época do ano que crescem consideravelmente o número de pessoas infectadas pela doença.
O pedido dos moradores se resume na cobertura das garrafas, pois apóiam a atitude do recolhimento já que a melhor saída para aproveitar o Pet, já utilizado, é a reciclagem do produto.
Apesar dos problemas gerados, é louvável a atitude do rapaz, já que, segundo dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), menos da metade (47%) dos 7 bilhões de embalagens PET que circulam a cada ano no mercado brasileiro é reciclada. O restante acaba sendo despejado na natureza como poluição, deixando uma marca capaz de superar a idade de qualquer ser humano.

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