Rubens Menin, presidente do Conselho Administrativo da MRV Engenharia, e Aguinaldo Diniz, empresário do setor têxtil e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), foram agraciados nessa quinta-feira (25) durante o Dia da Indústria, no Minascentro.

Durante a solenidade, realizada pela Fiemg, Menin foi homenageado como Industrial do Ano e Diniz foi nomeado Comendador do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento também agraciou outros 14 empreendedores do Estado com a medalha do Mérito Industrial. A crise política e institucional que assolam o país tiveram espaço no discurso de Olavo Machado Júnior, presidente da Fiemg.

“Com grave preocupação comemoramos o Dia da Indústria 2017 em um cenário que não é exatamente o que gostaríamos de ver para o Brasil. Mas por outro lado, sempre tendo orgulho e confiança no futuro do país”, afirmou o executivo. Ainda de acordo com ele, o setor industrial brasileiro não merece ser responsabilizado pelos erros e crimes cometidos por um grupo reduzido de pessoas e organizações.

“Neste momento, de forma generalizada e absolutamente injusta, estes milhares de empresas e de empreendedores estão sendo expostos à execração pública e lançados na vala comum aberta pela Operação ‘Lava Jato’, que, em muito boa hora, nasceu para investigar a corrupção e punir corruptos, nos setores público e privado”, criticou Machado Júnior.

O industrial do ano 2017, Rubens Menin, afirmou que a sociedade precisa se unir para que o país saia da crise. Ainda conforme o homenageado, três aspectos são necessários para tirar o Brasil da estagnação.

Soluções
O primeiro deles seria reduzir o índice de judicialização. “A judicialização é inimiga do crescimento. Aqui, temos, por exemplo, mais casos de justiça do trabalho do que todos os outros países do mundo somados. Isso inviabiliza qualquer esforço”, comentou. Os outros dois fatores que prejudicam o desenvolvimento brasileiro, segundo ele, são a alta carga tributária e a alta taxa de juros.

“Não é saudável uma carga tributária de 40%. Os EUA, por exemplo, praticam uma taxa de 26% e produzem um retorno melhor para a comunidade. Taxas tão altas é como correr a maratona com cinto de chumbo,” disse.

Pimentel
Presente no evento, o governador Fernando Pimentel ressaltou as realizações de seu governo voltadas às finanças públicas e ao desenvolvimento econômico do Estado. Entre as ações citadas estão a redução da carga tributária a 30 segmentos da indústria e a diminuição das taxas de financiamento de 30 produtos para empresas pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além do Plano de Regularização de Créditos Tributários, em tramitação na Assembleia Legislativa.

“Seria injusto se eu não acrescentasse o trabalho do nosso Governo a esse rol de esforços para atingir melhores resultados. São iniciativas que estamos tomando para melhorar o ambiente de negócios e estimular os investimentos em Minas Gerais, como as alterações que já fizemos na lei ambiental, eliminando exigências descabidas e reduzindo os prazos de licenciamento, a redução da carga tributária e agora os projetos de lei que estão sendo votados na Assembleia Legislativa, como o que vai permitir a regularização de inadimplentes e, ao mesmo tempo, premiar com descontos generosos os contribuintes adimplentes, o nosso Refis”, destacou Pimentel.

Setor têxtil
Aguinaldo Diniz Filho, rememorou sua trajetória no Sistema Indústria. “Sinto-me profundamente honrado, como ex-aluno do Senai, em receber a mais alta Comenda da CNI,” afirmou. Empresário do setor têxtil, Diniz ressaltou a importância do segmento para o Brasil e Minas Gerais.

“A indústria têxtil e de confecção brasileira é, hoje, a segunda maior empregadora da indústria de transformação do país, com mais de 6,5 milhões de trabalhadores diretos e indiretos. Somente em Minas Gerais, a cadeia produtiva da moda engloba mais de 10 mil empresas, que juntas geram 132.857 empregos,” pontuou.

 

Fonte: Hoje em Dia ||

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