Falta de EPIs
Numa rápida volta pela cidade, na segunda-feira (26), em menos de 30 minutos flagramos cenas que por si só explicam como andam as coisas na esfera municipal no que tange ao cumprimento de obrigações exigidas pela Lei e com relação ao mínimo de bom-senso que deve permear as ações dos governantes.
No quesito segurança do trabalho, em especial quanto ao uso de EPIs:
Ao ser questionado, por um participante da mídia alternativa (facebook), sobre a possível falta de material a ser entregue aos funcionários, (luvas, botinas e uniformes), um secretário, em resumo, comentou: ?Não falta nada, e quem quiser pode vir a nossa secretaria e conferir?.
Alguns dos funcionários flagrados (fotos) em descumprimento do que exige a Lei, também democraticamente, assim se manifestaram a respeito do mesmo fato: Fartura total. Lá em cima pode até ser, mas aqui embaixo, na raia miúda, na real mesmo, ?farta tudo?. ?Esta butina aqui moço, peguei na sucata da Prumo?.
Veja foto 1
Secretário abre o jogo
Sobre o ?não uso? de equipamento de segurança por parte dos operários municipais, constatado naquele e em outros locais, o secretário adjunto, Ney Araújo, foi claro, objetivo e sincero em sua resposta: ?há nove meses estamos aguardando licitações e outros andamentos burocráticos. Há serviços prioritários que não podem deixar de ser feitos, assim sendo, o jeito é trabalhar com as ferramentas que possuímos?.
Ney Araújo, ex-secretário de Obras, mas reconhecidamente um dos que mais tem produzido nesta administração, não tem poupado esforços para tomar medidas que melhorem o trânsito, o estacionamento de veículos e a segurança e conforto dos pedestres, criando vagas, corrigindo fluxos de tráfego e adaptando as calçadas no atendimento a Lei da Acessibilidade. As rampas que estão sendo construídas, nas imediações do Terminal Rodoviário exemplificam este tipo de preocupação do secretário adjunto.
Apesar da falta de equipamentos, (não só dos de segurança), mas também do número reduzido de máquinas e veículos disponibilizados, de material e de mão de obra em maior número e melhor qualificação, aos poucos, o secretário Ney, vai driblando a inércia que a burocracia impõe aos governos que chegam e mostra a que veio. A César o que é de César!
Veja foto 2
Errado!
A turma que recolhe o lixo reciclável (responsabilidade direta da Recifor, indireta do município), também não dispõe de EPIs. O problema não é novo e a alta rotatividade pode servir de justificativa mas, e se ocorrer um acidente? Quem será penalizado?
Veja foto 3
Correto!
Na manhã de quinta-feira (29), funcionários da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realizaram a poda de árvores na rua Dr. Newton Pires. Pela foto fica explícita a preocupação da empresa em zelar pela integridade física do funcionário, este sim portando todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Veja foto 4
Atendimento parcial
Botina nós ainda temos. O resto não. Nem luvas, nem material para limpeza. A economia tem que ser total. Vejam o estado das vassouras e sintam o cheirinho aí. Mas, sem desinfetante, não dá né?
Veja foto 5 e 6
Lá no Caps
A piscina, que no final da semana passada acumulava água verde (ao que pareceu, infectada), na tarde da segunda-feira (26), mostrava sinais de que estava sendo esvaziada. Provavelmente, para ser novamente abastecida com água limpa e que, se for tratada convenientemente e nos prazos recomendados, ali permanecerá por longo período sem se transformar em risco para a saúde ou acolher larvas que nela se reproduzam.
Porém, em virtude do local em que se encontra e da clientela que aquela unidade pública pretende atender, com ou sem água armazenada, acreditamos que a próxima providência a ser tomada, será o seu isolamento (cercar área) pois, conforme ficou claro em nota distribuída à imprensa, em resposta à matéria publicada pelo jornal Nova Imprensa, esta a administração pública, prima pela defesa da vida, segurança e bem estar de seu povo.
Veja foto 7
Relembrando a nota:
?A Prefeitura sempre permitirá o acesso de qualquer cidadão a qualquer estabelecimento público. Entretanto, nos casos em que houver qualquer risco à integridade física e mental, além de risco ao direito à privacidade de pacientes, a Administração Municipal exigirá, sim, prévio agendamento. Em momento algum, haverá cerceamento à livre informação. No entanto, a saúde dos formiguenses estará sempre em primeiro lugar?.
No fechamento da edição, às 17h de quinta-feira (29), a Secretaria de Comunicação enviou nota sobre o mesmo assunto: ?A documentação para compra de material para limpeza de piscina está finalizada e se encontra no Setor de Licitações para concluir a aquisição. Enquanto a compra está sendo efetuada, a direção do Caps achou por bem esvaziar a piscina, embora agentes de endemia tenham feito uma análise da água na sexta-feira, dia 23, e não tenham encontrado larva do mosquito transmissor da dengue. Essa análise já era feita semanalmente e continua sendo feita da mesma forma. Para resolver definitivamente o problema, a Secretaria de Saúde está trabalhando providenciar o cercamento da piscina com um alambrado?.
Uso indevido?
Do outro lado da rua, um veículo que à primeira vista deve servir para transportar enfermos, nas horas vagas (faltam pacientes ou sobram veículos?) faz o serviço de transporte de outras mercadorias.
Enquanto isso, a van adquirida pela secretaria para fazer tais serviços (aquela que deveria ser zero km, conforme licitado e que aqui chegou já tendo sido emplacada em outra cidade) continua parada no pátio a espera de uma solução administrativa. Ao que foi apurado, a procuradoria já notificou os vendedores, mas ainda aguarda resposta.
Veja foto 8
Economia é a base da porcaria
Este trator, que puxa carreta para recolher galhos, restos de podas, trabalha com pulverizador, recolhe lixo quando preciso e ainda presta inúmeros serviços, há tempos, trabalha colocando em risco os que o conduz, os que com ele cruzam e o que é pior, deixa todo dia, cerca de alguns litros de óleo espalhados por onde transita, óleo este que forçosamente acaba contaminando o lençol e/ou os cursos d?água, apesar dele, ironicamente, pertencer a secretaria que deve zelar pelo meio ambiente.
Motivo: simplesmente porque a burocracia e a tal lei 8666, exigem uma série de providências administrativas que nestes, quem sabe, 9 meses de governo, ainda não foi possível cumprir. O mais interessante é que o que ele consome de óleo numa semana, dá para pagar a peça e a mão de obra necessárias para o devido reparo.
Detalhe: A Secretaria de Gestão Ambiental, não possui outro trator para substituí-lo e realmente, não há como dispensar os serviços de tal equipamento. Portanto, urgem providências que priorizem situações como esta. Alô Prefeito!
Veja foto 9
?Barraginhas??
Amontoadas as pedras no leito do rio, promove-se o aumento do volume de águas e a jusante… (confira nas fotos), pena que apesar da qualidade das mesmas, o aroma que se espalha na região não pode ser aqui sentido (nos auxilie, use sua ?imaginação olfativa?).
Veja foto 10

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