Com menos de dois meses de atuação, a Força Tarefa de combate à dengue, já percorreu 14 municípios mineiros e está conseguindo mobilizar os cidadãos e estabelecer parcerias com diversas instituições públicas e privadas. Até o momento, Betim, Juiz de Fora, Vespasiano, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Belo Horizonte, Ibirité, Sabará, Divinópolis, Contagem, Caetanópolis, Sete Lagoas, Governadores Valadares e Teófilo Otoni já receberam os agentes de combate à dengue.
Já foram trocados, no dengue móvel, 309.076 kits de material escolar (caderno, lápis e borrachas) por material que pode acumular água (pneus, garrafas pet e latas). As próximas cidades a serem visitadas na segunda quinzena de janeiro são: Uberlândia, Ituiutaba, Mutum e Itambacuri.
A Força Tarefa faz parte do Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue, lançado, em novembro de 2010, pelo Governador Antonio Anastasia. Ela reúne esforços do Governo de Minas, Exército, Aeronáutica, Ministério da Saúde, prefeituras, instituições privadas e sociedade civil para conter a dengue.
Vários parceiros da iniciativa privada já aderiram à campanha: Minaspetro, Itambé, Amirt (Associação Mineira de Rádio e Televisão), Cruzeiro, Atlético, América, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Sindicato das Empresas dos Transportes de Carga de MG (Setcemg), Drogaria Araújo, Ricardo Eletro, Unimed-BH, AMBEV e Coca Cola.
Polícia Militar, Cemig, Copasa, Cohab, secretarias estaduais de Agricultura, Educação, Fazenda e Desenvolvimento Social são alguns dos parceiros públicos nessa união de esforços para vencer a dengue.
A gerente de endemias e controle de zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Betim, Maria Imaculada Cardeal, destaca a relevância da parceria entre Estado e município. ?É essencial essa parceria com o Estado para a mobilização social. Sem a participação da população não tem efeito. O Dengue Móvel tem obtido grande resultado. Os materiais inservíveis estão enchendo o caminhão, além de ajudar a população com material didático?.
Já o Presidente da CCPR/Itambé, Jacques Gontijo Álvares, ressalta a necessidade da participação da empresa na campanha contra a dengue. Estamos muito motivados em participar da campanha de combate à dengue por entendermos que se trata de uma questão de fundamental importância para todos os mineiros. Vamos doar leite UHT Integral para ser trocado por pneus e também disponibilizar parte do verso das nossas embalagens de leite para transmitir aos consumidores uma mensagem de orientação e prevenção contra a doença que tem acometido milhares de pessoas,acredita.
No bairro Jardim Pérola, em Governador Valadares, a professora Suely José de Souza se ofereceu como voluntária para ajudar a equipe da SES. ?Quero contribuir com meu apoio, porque entendo que essa mobilização ajuda não só a evitar a dengue, como a incentivar as pessoas, principalmente as crianças, a terem uma consciência ambiental, reciclando o lixo, disse.
Força tarefa
O Governo de Minas destinou para o primeiro semestre de 2011 cerca de R$ 60 milhões para o combate à dengue. A Força Tarefa é formada por 432 pessoas, sendo 200 soldados do Exército, 40 da Aeronáutica e 192 agentes de saúde. Essas pessoas farão uma varredura nas áreas consideradas de risco, visitando casas, percorrendo lojas comerciais e lotes baldios para eliminar os possíveis focos do mosquito. Além disso, a Força Tarefa conta com dez ônibus para dar suporte às equipes de trabalho, 70 carros fumacê, 600 bombas costais, nove caminhões (Dengue Móvel) e 20 Dengômetros.
As grandes inovações apresentadas pela Força Tarefa são o Dengue Móvel e o Dengômetro.
O Dengômetro é um espaço de convivência e acesso às informações sobre a dengue. Ele é instalado nos pontos de maior circulação de pessoas e em áreas de convívio social. Nos dengômetros, pessoas treinadas pela SES-MG alertam sobre a importância da participação de todos na prevenção e controle da doença. O Dengue Móvel, por sua vez, é um caminhão que percorre os bairros trocando entulhos recicláveis por material escolar. Latas, garrafas pets e pneus serão trocados por cadernos, borrachas e lápis para estimular a população a retirar de casa os objetos que possam acumular água e virar possíveis criadouros do mosquito.

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