As Forças Armadas compraram 11,2 milhões de comprimidos de Viagra no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). O custo foi de R$ R$ 33.592.714,80, valor pago com recursos públicos. O levantamento foi feito pelo vice-líder do PSB na Câmara, deputado Elias Vaz (GO) pelo Portal da Transparência e Painel de Preços do governo.

De acordo com o parlamentar, o governo federal fez 10 empenhos – reserva de dinheiro público – para a compra de citrato de sildenafila – nome farmacológico do Viagra – de 20, 25 e 50 miligramas. O contrato foi firmado entre o Laboratório Farmacêutico da Marinha Brasileira e a empresa EMS S/A.

Nesta quinta-feira (28), após a divulgação dos dados, Vaz apresentou um requerimento de convocação do ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, para explicar as compras do medicamento pelas Forças Armadas.

Além dos contratos, o vice-líder afirma que há um contrato entre o Laboratório Farmacêutico da Marinha com a farmacêutica SEM para que haja a transferência da tecnologia de fabricação do composto do Viagra. De acordo com o deputado, o acordo demonstra o interesse da Marinha em produzir o medicamento.

“Queremos saber do ministro qual o critério adotado para decidir a produção de medicamentos pelas Forças Armadas. Por que a opção de investir dinheiro público para fabricar Viagra em detrimento de outros remédios, como antibióticos e analgésicos, por exemplo?”, questiona.

No início de abril, o jornal O Globo divulgou a compra de Viagra pelo Ministério da Defesa. O governo justificou a aquisição ao afirmar que as licitações visam o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP). Mas, de acordo com a bula, a dosagem correta para o problema é diferente da comprada para uso pelas Forças Armadas, de 25 mg e 50 mg.

Elias Vaz e o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) identificaram também licitações para a compra de 60 próteses penianas ao custo de R$ 3,5 milhões. O caso foi enviado para investigação pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Fonte: O Tempo

 

 

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