O Departamento de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde divulgou novos números da dengue em Formiga. Na segunda semana epidemiológica (9 a 15 de janeiro), foram notificados 12 casos suspeitos da doença, nos bairros Alvorada, Centro, Cidade Nova, Engenho de Serra, Nossa Senhora de Lourdes, Ouro Negro, São Luis e Sagrado Coração.
Informações do Ministério da Saúde mostram que o número de casos suspeitos de dengue no Brasil triplicou nos últimos 3 anos. Em Formiga, a situação não é diferente, já que, em 2008, foram notificados 68 casos suspeitos, em 2009, 140 e, no ano passado estão atualmente registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan) 2.141 casos suspeitos.
De 9 a 15 de janeiro, agentes de endemias e combate ao mosquito visitaram 4.800 residências e cuidaram de 335 recipientes.
Levantamento de Índice Rápido
Nos dias 6 e 7 de janeiro foi realizado em Formiga o Levantamento de Índice Rápido (Lira), cujo resultado foi de 3,8%. Demonstrando que de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, a cidade possui médio risco para transmissão da doença. O Ministério da Saúde estabelece os seguintes parâmetros de classificação da infestação : 0 a 0,9% de baixo risco, 1% a 3,9% de médio risco e 4,0% a 7,9% de alto risco.
Para realizar o Lira, o município de Formiga foi dividido em quatro estratos e cada um corresponde a uma região composta por vários bairros. Os estratos são avaliados separadamente e o índice médio é que foi de 3,8%, porém vale ressaltar que um dos estratos apresentou alto risco de transmissão, sendo o mesmo compreendido pelos bairros Quartéis, região do Engenho de Serra, região do Rosário, Cidade Nova e parte do Centro (arredores do Cemute e área hospitalar).
Com o trabalho, percebeu-se que havia muitos imóveis com mais de um recipiente positivo, ou seja, com presença de foco da dengue em mais de um local na mesma residência. Entre os recipientes encontrados, os que mais apresentaram focos da doença foram primeiramente os vasos de plantas, frascos, bebedouro de animais e em seguida os recipientes recicláveis e resíduos sólidos (garrafas e latas). O mais alarmante é que 70% dos recipientes encontravam-se dentro das residências, confirmando assim que o compromisso com a prevenção deve começar dentro de nossas casas.

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