Atualmente, o município de Formiga tem 137 casos confirmados do vírus HIV. Esse número é o que está registrado na Secretaria Municipal de Saúde, pois, muitas pessoas não procuram a secretaria para o diagnóstico e tratamento da doença, algumas por receio, medo ou preconceito, ainda há os casos de pessoas que fazem tratamentos particulares.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, até 2006, o número de portadores de aids no município era de 111, em 2007 e 2008 foram registrados oito novos casos em cada ano e, em 2009, dez novos casos foram diagnosticados.
Até junho deste ano, 100 pessoas estavam fazendo uso de medicamentos antivirais. Elas são tratadas em centros de referência que, no caso dos formiguenses, são oferecidos em Belo Horizonte e em Divinópolis.
Entre os portadores de aids, alguns já desenvolveram os sintomas da doença, como perda de peso, alteração nos exames laboratoriais, doenças oportunistas e outros, entretanto, alguns pacientes ainda não apresentam os sintomas.
Uso do preservativo
A Secretaria Municipal de Saúde faz a distribuição de preservativos no município, entretanto, para pegá-los, é preciso de uma receita feita por um médico ou enfermeiro. A medida gera diversas críticas, mas foi a forma que a secretaria encontrou para ter um maior controle e evitar o desperdício das camisinhas.
Segundo informações da coordenadora de epidemiologia, Juliana Castro, uma pessoa pode pegar preservativos durante seis meses com a mesma receita, a qual pode ser conseguida em qualquer unidade básica.
A distribuição das camisinhas é feita durante todo o ano, sendo que o governo do Estado envia 1.440 unidades por mês e a administração municipal compra mais 14.400 preservativos a cada três meses, o que corresponde a 4.800 unidades/mês. No total, são 6.200 camisinhas disponibilizadas mensalmente, sendo que casa usuário pode pegar 15 preservativos por vez. Mas há casos excepcionais em que são distribuídas mais unidades por pessoa.
Somente em outubro e novembro, foram entregues 12.736 preservativos, a média é de 6.368 por mês. A coordenadora de epidemiologia ressalta que a exigência da receita não dificulta em nada o acesso da população aos preservativos, é apenas uma medida para controle.