O professor, cientista e pós-doutor formiguense Luiz Antônio Cruz Souza foi eleito para uma das duas vagas recém-abertas no conselho do IIC (International Institute for Conservation of Historic and Artistic/Instituto Internacional de Conservação Histórica e Artística).

De acordo com informações do jornal ‘O Pergaminho’, ele concorreu com seis candidatos de várias localidades do mundo e é, agora, o único membro brasileiro do IIC na categoria Fellow, também eleito por pares, no Brasil.

Com sede em Londres, o instituto foi fundado há mais de 70 anos e trabalha com profissionais de conservação e restauração de bens culturais, historiadores da arte, curadores e cientistas do patrimônio que atuam nos principais museus do mundo.

O formiguense, que atualmente é professor da Escola de Belas Artes da UFMG e vice-diretor do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais (Cecor), disse que sua eleição é um sinal importante de mudanças que o IIC vem promovendo em suas políticas, orientadas pelo respeito à diversidade cultural e a preocupação com a inclusão social. “O Instituto está abarcando novos países e valorizando culturas e grupos sociais, como quilombolas, indígenas e a comunidade LGBTQIA+, que não têm seus patrimônios representados no universo da conservação de obras históricas e artísticas”, afirmou Luiz Souza, que cumprirá mandato de três anos, prorrogável por mais três.

Para o professor, sua participação no conselho cria novas perspectivas de internacionalização das formações em conservação e restauração no Brasil, em diferentes níveis.

Luiz Souza integra o comitê organizador do próximo congresso do IIC, que será realizado em Lima, no Peru, em setembro de 2024. Ele foi um dos proponentes do país-sede e da temática com foco em sustentabilidade, entre outros aspectos.

 

Quem é Luiz Antônio

 

Luiz Antônio residiu no bairro do Rosário. Fez o ensino básico na Escola Pio XII e o ensino médio na Dr. Abílio Machado (Polivalente). É formado em Química pela UFMG e tem mestrado em Química-Ciências e Conservação de Bens Culturais também pela UFMG, com trabalho experimental realizado no IRPA (Institut Royal du Patrimoine Artistique), em Bruxelas, Bélgica. É doutor com trabalho experimental no Getty Conservation Institute, em Los Angeles, USA, com pós-doutorado na Universidade de Perugia, na Itália. É professor do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFMG e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável. É coordenador do Laboratório de Ciência da Conservação, vinculado ao Centro de Conservação de Bens Culturais, e ao curso de Graduação em Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis, na Escola de Belas Artes da UFMG.

O formiguense foi vice-diretor (2005-2009) e diretor (2009-2013) da Escola de Belas Artes; membro do Conselho do ICCROM (http://www.iccrom.org), como representante do Brasil, por dois mandatos (2007-2011, reeleito para 2011-2015) e membro da diretoria do ICOM-CC (Comitê de Conservação do Conselho Internacional de Museus) por quatro mandatos (1993 – 1996; 1999 – 2002; 2002 – 2005; 2014 – 2017). Ele é fundador e presidente da Antecipa (Associação Nacional de Pesquisa em Ciência e Tecnologia do Patrimônio). Atualmente, é vice-presidente do Cecor (Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais). Luiz Antônio já foi orientador de 39 mestrados e 11 doutorados.

Fonte: Jornal O Pergaminho

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