Redação Últimas Notícias
O valor pago pelos brasileiros em impostos, taxas e contribuições alcançou R$500 bilhões por volta de 20h40 de quarta-feira (14), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A contagem do Impostômetro corresponde aos impostos pagos desde o primeiro dia deste ano. No ano passado, esse mesmo montante foi alcançado seis dias depois, em 20 de março. Nesta sexta-feira (16), às 09h15, o valor chegou a R$508.987.700.900.
De acordo com a ACSP, essa antecipação decorre do reaquecimento da economia e também da elevação do consumo de produtos e serviços, já que o grosso do bolo tributário recai sobre esses itens.
Deste montante, os formiguenses já pagaram R$5.967.050,60 (registrado às 09h15, desta sexta-feira, 16). Na mesma data em 2017, os cidadãos da cidade já haviam pagado R$5.425.74,94. Minas Gerais já arrecadou R$35.464.700.950,50 (registrado às 09h15, de sexta-feira, 16) valor este que representa 7,05% da arrecadação no país.
Segundo o presidente da ACSP, Alencar Burti, além dos produtos e serviços, outros segmentos puxam a arrecadação como a indústria automotiva, que tem crescido a taxas superiores às da economia como um todo. “Veículos são altamente tributados, e a produção aumentou bastante. Ainda que boa parte tenha sido destinada à exportação, que é isenta, grande parte dos veículos foi absorvida pelo mercado interno”, acrescentou.
Em 2017, o bolo dos impostos pagos pelos brasileiros foi de R$2.172.053.819.242,78. Aplicado na poupança esse valor renderia R$420.614.604 por dia ou daria para comprar 4.993.227.170 cestas básicas. Em 2017, o brasileiro trabalhou 153 dias para pagar impostos.
Impostômetro
Criado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário em 2005, o Impostômetro é um mecanismo que calcula em tempo real o somatório da arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais.
O objetivo da ferramenta é conscientizar o cidadão sobre a alta carga tributária e incentivá-lo a cobrar os governos por serviços públicos de qualidade.
O painel fica em frente ao prédio da ACSP, no centro da capital paulista, mas pode ser acompanho pelo site da ferramenta (clique aqui).
Pelo portal é possível descobrir o que dá para os governos fazerem com todo o dinheiro arrecadado. Por exemplo, quantas cestas básicas são possíveis fornecer, quantos postos de saúde podem ser construídos. Também é possível levantar os valores que a população de cada Estado e município brasileiro pagou em tributos.
Como funciona
1) Diversos órgãos do governo, como a Receita Federal, enviam os dados para o sistema do Impostômetro. Todas as fontes são oficiais, ou seja, nada de especulação. Entram na soma: impostos, taxas e contribuições, multas, juros e correção monetária.
2) Os dados usados são sempre um valor projetado, baseado nos impostos cobrados. O valor que é de fato arrecadado geralmente traz uma margem de diferença de 2 a 3,5%, para mais ou para menos. Quando os dados reais são divulgados, o total é corrigido.
3) Todos os valores projetados são enviados e somados antes do Réveillon. À meia-noite do dia 1º de janeiro, o painel é zerado e recomeça a contagem: a cada fração de segundo, é adicionada uma quantia do volume total que foi previsto.
4) Em um dia, a média de arrecadação é de R$3,91 bilhões. O Sudeste responde por 64,19% desse montante, o Sul, 13,44%, o Centro-Oeste, 10,48%, o Nordeste, 8,77%, e o Norte, 3,12%. Só para pagar impostos, o brasileiro trabalha 150 dias do ano.
Fonte: Com informações do Impostômetro||
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