Empresários de Minas Gerais e São Paulo estão entre os alvos da 2ª fase da Operação Sinergia, desencadeada na manhã desta terça-feira (5). O objetivo é combater um esquema de fraude tributária no ramo de metais e sucatas no Sul de Minas e no estado vizinho. Os envolvidos podem responder por crime tributário, organização criminosa e falsidade ideológica.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), são cumpridos oito mandados de prisão temporária e outros oito de busca e apreensão em Guaxupé, e nos municípios paulistas de Jundiaí, Guararema e na capital. Atuam hoje na ação 11 promotores de justiça, oito servidores da Receita Estadual e 45 policiais militares de Minas e São Paulo.

Esse esquema pode ter levado a um prejuízo de cerca de R$ 300 milhões aos cofres públicos, por conta do não recolhimento do ICMS dos beneficiários. “Apenas nos anos de 2020 e 2021, uma empresa de Andradas, utilizada para a prática dos crimes, apresentou movimento contábil superior a 1 bilhão de reais, sem realizar atividades empresariais compatíveis com esse valor”, diz o MPMG.

“Segundo apurado nas investigações, essa empresa estaria simulando a aquisição de mercadorias provenientes de outros estados da federação, especialmente Mato Grosso e Maranhão, com o objetivo de obter créditos tributários de forma ilícita e um estoque fictício de mercadorias. A partir daí, mediante pagamento de comissões, a empresa de Andradas prestava serviços ilícitos para empresas que atuam no mercado com o objetivo de acobertar a entrada de mercadorias sem procedência, bem como acobertar a saída das mercadorias para evitar o pagamento de ICMS”, detalha o Ministério Público.

A investigação é prioritária no planejamento anual do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). A força-tarefa responsável pela Operação Sinergia é composta pelo MPMG, por meio do  do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), Receita Estadual, Polícia Civil, e Polícia Militar. As investigações do Caoet Varginha contaram com o apoio operacional dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) de Passos, Varginha e São Paulo.

Fonte: Estado de Minas

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