Representantes das empresas de ônibus e comércios localizados no Terminal Rodoviário se reuniram nesta quarta-feira (3) com o delegado Danilo César Basílio, da Delegacia de Repressão de Crimes contra o Patrimônio e representantes do Conselho Comunitário de Segurança Pública de Formiga (Consep), a presidente, Cirlanda Chaves e o diretor financeiro, João Adolfo.
O encontro foi para tentar encontrar maneiras para diminuir e se possível, acabar com a criminalidade no local, que atualmente, não conta com um segurança e nem com câmeras de vigilância, colocando em riscos os usuários e as pessoas que trabalham no Terminal Rodoviário.
De acordo com o que foi informado durante a reunião, os donos de estabelecimentos pagam a taxa de condomínio para a Prefeitura, que deveria providenciar, além da limpeza, um segurança para atuar no local, porém, há mais de um ano, o vigia que fazia a segurança no turno da noite foi dispensado. Ninguém da administração municipal compareceu para participar da reunião.
No domingo (31), a Lanchonete Terminal foi furtada novamente. Mesmo após o proprietário ter colocado grades nas portas, os suspeitos entraram pelo teto do estabelecimento e furtaram mais mercadorias. No mesmo dia, uma jovem de 18 anos foi roubada. Ela relatou aos militares que ao desembarcar de um ônibus foi surpreendida por um indivíduo. O suspeito roubou a bolsa da vítima, contendo R$ 10, em dinheiro, e documentos pessoais, em seguida, saiu correndo. Mais tarde, o indivíduo foi preso pela PM.
O delegado Danilo César explicou que a Polícia Civil conta com poucos investigadores e que até poderia intensificar as investigações de assaltos no Terminal, mas seria necessária a instalação de câmeras de segurança, o que facilitaria e muito o serviço.
Cirlanda Chaves vê com muito pesar os acontecimentos no local, já que a sede do conselho está instalada no Terminal Rodoviário. “O esforço tem sido feito, porém, dependemos do poder público. Já enviamos mais de dez ofícios para a Prefeitura e realmente sem testemunhas e sem câmeras de segurança fica complicado o trabalho da polícia na apuração dos crimes”, disse.
Para Rafael Martins, responsável pelo guichê de uma das viações, a situação está difícil, pois os passageiros estão com medo de ‘pegar’ ônibus à noite e reafirmou que o local precisa de câmeras de segurança urgentemente.
A funcionária Zeli Teixeira relatou que no guichê onde trabalha foram instaladas grades no teto para tentar evitar os crimes.
De acordo com a funcionária da lanchonete, Mires Silva, a situação é precária.“Somente neste ano, a lanchonete foi furtada três vezes. A tabacaria uma, um dos guichês uma vez também [os dois últimos locais durante à tarde]. Nós temos que fazer a nossa própria segurança e ainda auxiliamos as pessoas que vão viajar, em muitos casos pessoas idosas. Precisamos trabalhar, pois temos famílias e já nem sabemos mais de quem é a responsabilidade. Antes, a lanchonete funcionava das 5h30 às 23h, hoje abrimos por volta das 7h e fechamos às 19h45. Já tentamos falar várias vezes com o prefeito, mas falam que ele nunca está na cidade”.
Mires Silva contou ainda que, nesta semana, esteve na Câmara Municipal para pedir apoio aos vereadores, e que irá se inscrever para fazer uso da Tribuna do Povo, para discutir e tentar solucionar o problema.
Gleiton Arantes