O Brasil registrou o menor saldo de criação de vagas de trabalho com carteira assinada para um mês de setembro desde 2001. Segundo o Ministério do Trabalho, em setembro de 2014, foram geradas 123.785 novas vagas.

Nos sete primeiros meses do ano, foram 904.913 novos postos de trabalho formal. É o menor saldo para esse período do ano na série histórica disponibilizada pelo governo, desde 2004. Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O número de setembro é a diferença entre 1,770 milhão de contratações e 1,646 milhão de desligamentos. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que os dados são positivos e disse que a queda na geração de emprego reflete uma necessidade menor de mão de obra.
Disse ainda que há má vontade da imprensa ao noticiar os números e negou que haja uma crise na indústria que afete o emprego no setor. Vocês procuram os números negativos, eu procuro os positivos, afirmou. Não foi o pior setembro desde. Foi o melhor setembro, porque acrescentamos novas vagas.
Comparação
Para Dias, não há sentido em comparar os dados deste ano com o mesmo período do ano passado, pois na comparação anual, segundo ele, a tendência é sempre de queda. Os dados do Caged mostram que a queda na geração de emprego começou em 2011, primeiro ano do governo atual.
Vai ser pior no ano que vem se você levar em conta essa comparação. Não há como comparar. Qual o valor científico dessa comparação? A demanda de necessidade de emprego vai reduzindo. No ano que vem, 120 mil empregos talvez não sejam necessários, afirmou.
O ministro disse ainda que a economia no todo está indo bem. Está gerando emprego, está positiva. O comércio está positivo, o PIB já cresceu. Disse ainda que a meta de gerar 1 milhão de novos empregos este ano será cumprida. Em junho, o ministério já havia reduzido a previsão para a geração de empregos com carteira assinada em 2014 de 1,4 milhão para 1 milhão de postos.
Dias afirmou também que os dados estão próximos dos verificados em outros países e que o Brasil vive situação semelhante à Alemanha. Todos os números são positivos. Não há números negativos, afirmou. Está faltando emprego?
Questionado sobre os brasileiros que ainda estão desempregados ou estão na informalidade, Dias afirmou que 100% de formalização é algo que não existe.

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