O governo federal deve confirmar reajuste de 22% no piso nacional dos professores. O aumento já traduz a mudança no Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que mudou o valor mínimo a ser investido por aluno. O salário-base saltaria dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.450.
Prefeitos e governadores pressionam o Executivo nacional e alegam não ter como arcar com o reajuste acima da inflação. A tendência é que o governo federal não ouça os apelos. Um valor abaixo dos 22% daria brecha para contestações judiciais ou teria de ser apresentado com alteração na lei.
O projeto que criou o piso diz que o reajuste será feito todo janeiro, no mesmo porcentual da atualização do valor do Fundeb e deve ser a menor remuneração básica para professores pela jornada de 40 horas semanais.
Em 2011, o aumento de 16% já causou reações negativas entre prefeituras e governos estaduais. Neste ano, o pedido era para que o reajuste ficasse só na variação inflacionaria (6,5%). Os governantes vão ser obrigados a rever as finanças: cinco estados pagam menos que os R$ 1.450 e 16 não cumprem nem o piso atual.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, e a presidente Dilma Rousseff não bateram o martelo. A pasta ainda aguarda os dados consolidados do Tesouro Nacional para fechar o valor final do reajuste. As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

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