O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) concedeu no ano passado R$ 2,2 bilhões para microempreendedores. O valor é 26,6% superior ao emprestado em 2008. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Ministério do Trabalho.
Em 2009 foram realizadas 1,57 milhão de operações e o número de clientes aumentou 68,6% em relação ao ano anterior, passando de pouco mais de 647 mil para 1,09 milhão. As mulheres representam 60% desse total.
É excelente atingir a marca de um milhão de clientes, mas essa é uma ação que tem potencial para beneficiar até 15 milhões de trabalhadores, movimentando a economia. Para chegar até eles, temos de reduzir os juros e divulgar mais esse programa, afirmou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, durante a abertura do 4º Seminário de Microcrédito, no Rio de Janeiro.
De acordo com o ministério, o PNMPO foi criado em 2005 pela lei nº 11.110 com o objetivo de gerar trabalho e renda entre os microempreendedores populares por meio do acesso ao microcrédito. Podem participar do programa quem tem pequenos negócios no campo da produção ou comercialização de bens e serviços, formais ou informais, com faturamento de até R$ 120 mil por ano, quem quer abrir seu próprio negócio ou grupos estabelecidos, como associações, cooperativas e sindicatos de classe.
O valor máximo do empréstimo é de R$ 15 mil por pessoa, mas a média é de aproximadamente R$ 1.300. Os juros máximos são de 4% ao mês. ?No entanto, a maioria das pessoas que participa paga, de fato, de 1% a 2% de juros ao mês?, informou o ministério. Desde 2005, o PNMPO liberou R$ 6,6 bilhões.

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