A greve dos transportadores de combustíveis começa a afetar postos de Belo Horizonte e região metropolitana. A paralisação, iniciada nests quinta-feira (7) pelo Sindicato dos Transportadores de Combustível e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque), está impendido que o combustível seja levado até os postos.

A falta de estoque foi confirmada pelo Minaspetro, entidade que representa os comerciantes do varejo dos derivados do petróleo, que relatou que alguns postos já estão sem funcionamento. No bairro Cidade Industrial, um posto Shell colocou correntes para impedir a entrada de clientes, uma vez que não há combustível nas bombas. Em alguns estabelecimentos, consumidores tiveram que enfrentar grandes filas para poder abastecer.

De cinco postos na capital, um relatou estoque baixo e três deles informaram que houve atraso na entrega. Um dos postos disse que o carregamento de etanol está confirmado, já que a empresa comprou o combustível em outro estado, mas que não há previsão de entrega para a gasolina. Com a greve, já é registrado o aumento do preço dos combustíveis em alguns postos. A gasolina é vendida por até R$ 4,19 em BH. 

O presidente do Sinditanque, Irani Gomes, disse que a adesão ao movimento é de 100% dos caminhoneiros e que, além de postos de combustíveis, os aeroportos também estão ficando sem estoque. “Os caminhões não estão indo para as bases para fazer o carregamento. Simplesmente cruzamos os braços, não estamos fazendo bloqueio de via, nem nada neste sentido, apenas cortamos a distribuição”, informou.

De acordo com Gomes, a reivindicação da categoria é que o governo de Minas e o governo federal recuem em relação aos aumentos das alíquotas sobre o produto, já que em Minas vai haver um aumento na taxação em janeiro. Ele explica que os aumentos de PIS e Cofins anunciados pela União são os itens que provocam o maior efeito sobre a categoria.

O proprietário de caminhão e condutor Webert Pereira dos Santos, disse que a intenção da categoria é manter a greve até que a reivindicação seja atendida. “Não vamos levantar o pé. Enquanto não mudar continuamos parados”, disse.

Por meio de nota, o Minaspetro alertou sobre a situação e informou que não existe um levantamento sobre o número de postos sem estoque. “Caso o cenário de greve persista, há sim o risco de desabastecimento geral, uma vez que os postos que ainda possuem estoque não poderão ter a renovação dos produtos armazenados. Entretanto, o Minaspetro alerta para que os consumidores não promovam a chamada ‘corrida aos postos’; o que, de fato, aceleraria o processo de desabastecimento”, informa a entidade.

 

Fonte: O Tempo Online||

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