Guardas de BH param por 24h e não descartam greve

Categoria participou de passeata na manhã desta sexta. Aproximadamente mil pessoas ficaram concentradas na Praça 7.

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Categoria participou de passeata na manhã desta sexta. Aproximadamente mil pessoas ficaram concentradas na Praça 7.

Nesta sexta-feira (16), agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte decidiram parar suas atividades por 24 horas. Além disso, cerca de 300 servidores se reuniram em frente à sede da corporação, na avenida dos Andradas e, de lá, seguiram em passeata até a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na avenida Afonso Pena.

Depois o grupo seguiu rumo à Praça 7, onde se encontrou com grevistas da saúde. No total, segundo a Polícia Militar, aproximadamente mil pessoas ficaram concentradas no local, que é considerado o coração da cidade. O trânsito, segundo o Batalhão de Trânsito da PM, apresentou lentidão em toda a região central, mas já foi liberado pelos manifestantes.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), os Guardas Municipais não descartaram entrar em greve. Eles irão realizar assembleia na próxima quarta-feira (21), às 9 horas, na Praça da Estação, para definir os rumos do protesto.

A categoria manifesta por causa da agente Lilian Emiliano de Oliveira, de 28 anos, que foi atingida por uma bala de borracha durante confusão envolvendo a Polícia Militar. Ela foi submetida a um procedimento cirúrgico, passa bem, mas segue internada sem previsão de alta. Os trabalhadores exigem, também, adequação municipal ao Estatuto Nacional das Guardas Municipais, que determina o armamento de todas as guardas municipais do país e estabelece diretrizes para revisão do Plano de Careira da categoria.

Além disso, os guardas exigem que todos os cargos de comando da GMBH sejam ocupados por guardas de carreira. Atualmente, segundo o Sindibel, estes cargos são ocupados por coronéis reformados da Polícia Militar.

Confusão

Segundo informações de testemunhas, o caso começou quando Daleimar Hilário Moreira, de 47 anos, 2º sargento reformado da PM, foi abordado por fazer transporte clandestino no entorno da rodoviária da capital.

Após ser abordado pela irregularidade, o militar teria reagido à prisão, por desacato e desobediência. Ele agrediu os guardas municipais, que revidaram e usaram uma arma de choque elétrico – chamada de taser, para conter o agressor, que teria chamado por telefone a PM.

Em seguida, o cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, disparou com uma escopeta, um projétil calibre 12 de borracha, que atingiu o rosto da guarda municipal. Um outro guarda também chegou a ser agredido e depois detido pelos militares, mas foi liberado posteriormente.

Na versão da PM, o tiro teria sido acidental. ?Ela e o guarda Peixoto tentaram tomar o armamento do militar e acabou acontecendo o disparo. Depois disso, eles agrediram o cabo com chutes, socos e pontapés?, conta o diretor jurídico da Associação dos Praças Militares e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), soldado Berlinque Cantelmo.

Por causa da confusão, na noite de quinta-feira, dezenas de guardas municipais se reuniram e fizeram protesto na Praça 7. O ato provocou grande congestionamento na região Central da capital.
O caso está sendo investigado pela corregedoria das duas corporações.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Guardas de BH param por 24h e não descartam greve

Categoria participou de passeata na manhã desta sexta. Aproximadamente mil pessoas ficaram concentradas na Praça 7.

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Categoria participou de passeata na manhã desta sexta. Aproximadamente mil pessoas ficaram concentradas na Praça 7.

 

Nesta sexta-feira (16), agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte decidiram parar suas atividades por 24 horas. Além disso, cerca de 300 servidores se reuniram em frente à sede da corporação, na avenida dos Andradas e, de lá, seguiram em passeata até a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na avenida Afonso Pena.

Depois o grupo seguiu rumo à Praça 7, onde se encontrou com grevistas da saúde. No total, segundo a Polícia Militar, aproximadamente mil pessoas ficaram concentradas no local, que é considerado o coração da cidade. O trânsito, segundo o Batalhão de Trânsito da PM, apresentou lentidão em toda a região central, mas já foi liberado pelos manifestantes.

Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), os Guardas Municipais não descartaram entrar em greve. Eles irão realizar assembleia na próxima quarta-feira (21), às 9 horas, na Praça da Estação, para definir os rumos do protesto.

A categoria manifesta por causa da agente Lilian Emiliano de Oliveira, de 28 anos, que foi atingida por uma bala de borracha durante confusão envolvendo a Polícia Militar. Ela foi submetida a um procedimento cirúrgico, passa bem, mas segue internada sem previsão de alta. Os trabalhadores exigem, também, adequação municipal ao Estatuto Nacional das Guardas Municipais, que determina o armamento de todas as guardas municipais do país e estabelece diretrizes para revisão do Plano de Careira da categoria.

Além disso, os guardas exigem que todos os cargos de comando da GMBH sejam ocupados por guardas de carreira. Atualmente, segundo o Sindibel, estes cargos são ocupados por coronéis reformados da Polícia Militar.

 

Confusão

Segundo informações de testemunhas, o caso começou quando Daleimar Hilário Moreira, de 47 anos, 2º sargento reformado da PM, foi abordado por fazer transporte clandestino no entorno da rodoviária da capital.

Após ser abordado pela irregularidade, o militar teria reagido à prisão, por desacato e desobediência. Ele agrediu os guardas municipais, que revidaram e usaram uma arma de choque elétrico – chamada de taser, para conter o agressor, que teria chamado por telefone a PM.

Em seguida, o cabo Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, disparou com uma escopeta, um projétil calibre 12 de borracha, que atingiu o rosto da guarda municipal. Um outro guarda também chegou a ser agredido e depois detido pelos militares, mas foi liberado posteriormente.

Na versão da PM, o tiro teria sido acidental. “Ela e o guarda Peixoto tentaram tomar o armamento do militar e acabou acontecendo o disparo. Depois disso, eles agrediram o cabo com chutes, socos e pontapés”, conta o diretor jurídico da Associação dos Praças Militares e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), soldado Berlinque Cantelmo.

Por causa da confusão, na noite de quinta-feira, dezenas de guardas municipais se reuniram e fizeram protesto na Praça 7. O ato provocou grande congestionamento na região Central da capital.

O caso está sendo investigado pela corregedoria das duas corporações.

Redação do Jornal Nova Imprensa Hoje em Dia

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.