Diz o provérbio português que “carro apertado é o que anda”. E a justificativa que melhor explica tal afirmativa, nos dá conta de que quando o carro de boi está cheio, pesado e carregado de milho ou feijão, suas rodas ficam apertadas e começam a ranger, parecendo que estão cantando. E assim, ao som de um rangido e outro, os fardos, apesar do peso, acabam chegando ao seu destino.

Também nos veio à mente a frase igualmente popular, que diz: “a necessidade faz o sapo pular”. Tudo isto povoou nosso pensamento quando relendo os e-mails recebidos da Secretaria de Comunicação a nós enviados por esta turma que há menos de 20 dias herdou de Moacir Ribeiro um montão de pepinos. Ao relê-los, notamos que um dos secretários ali mencionados com maior frequência, provavelmente, foi aquinhoado com uma respeitável parcela da tal ‘herança maldita’ deixada por Moa e seus asseclas.

O “felizardo” já rotulado por parte de alguns políticos de ‘super-secretário’, ao menos para nós que conhecemos ainda que levemente boa parte das atribuições a ele conferidas, certamente por mais bem assessorado que esteja, para dar conta do recado, terá mesmo que rebolar mais que “azeitona em boca de banguelo”.

E isto, acreditamos, ele sabia quando aceitou se instalar nesta “frigideira” em que hoje se encontra. Da mesma forma, também sabe, o prefeito que a ele confiou a direção de três das mais importantes pastas que hoje compõem o rol das secretarias municipais.

Cuidar das atividades inerentes à Obras, Gestão Ambiental (leia-se limpeza urbana/coleta de lixo/Aterro Sanitário/manter e preservar rios lagos e nascentes, etc) e ainda gerir ao mesmo tempo tudo aquilo que se refere à Regulação Urbana e Desenvolvimento Econômico, não é nada que um empresário de sucesso não consiga executar. Só que lá na iniciativa privada, o ranger das rodas do carro é mais afinado exatamente porque elas, as rodas, são mais bem conservadas, mais lubrificadas, etc e tal. E aqui, na tradicionalmente emperrada máquina pública, para que se ouça o ranger delas, há que se ter à disposição muita grana e enorme vontade política do ‘carreiro’ e de seu patrão. Isto sem nos atermos na questão da escolha dos bois que, conforme todos nós sabemos, são os principais elementos para que numa mesma toada, ainda que no tanger da vara, obedecendo às ordens do carreiro, apliquem sua força e façam o carro vencer os obstáculos e chegar ao seu destino.

Pelos pulos que o secretário em questão tem dado, mal comparando ao sapo, acreditamos que ele, premido pela necessidade de demonstrar a que veio e movido pela vontade de bem servir a este município, ainda lhe resta muito gás para suportar a maratona de viagens e de reuniões que como dissemos, tem sido propagada pela comunicação oficial e, se analisados os contatos por ele procurados na busca de soluções para os graves problemas herdados por suas pastas, o mais provável é que em breve, esta cidade venha a perceber que a luz no fim do túnel estará se revelando, ainda que aos poucos, mas cada vez mais próxima de todos nós e nos mostrando que quando se quer trabalhar para valer, mesmo no setor público, não há problemas insolúveis.

Vamos dar tempo ao tempo, ainda que saibamos que neste caso em tela, pepinos como os da Lagoa do Fundão, do Aterro Sanitário, da limpeza urbana, iluminação pública, estradas rurais, calçamentos de vias públicas e muitos outros mais, são extremamente graves, já que a população dá mostras de não mais suportá-los ou com eles ser obrigada a conviver.

Que o homem continue dando seus pulos e faça ranger a todo vapor as rodas dos carros que estão sob seu comando! E que os demais “companheiros” também o sigam na mesma toada!

 

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