Infelizmente, é oficial: cientistas americanos confirmaram a primeira extinção de uma espécie de foca causada pela ação humana. Após uma busca de cinco anos, o Serviço de Pesca do Noaa, órgão dos EUA que administra os oceanos, declarou extinta a foca-monge-caribenha (Monachus tropicalis), que não era avistada desde 1952.
Animais dóceis e lentos, as focas-monges-caribenhas foram caçadas de forma desenfreada enquanto descansavam, davam à luz ou amamentavam seus filhotes na praia. Membros da espécie foram vistos pela última vez em 1952, num banco de areia do mar do Caribe, entre a Jamaica e a península do Yucatán.
Buscas pela espécie ocorreram durante os anos 1960 e 1970, mas só outros tipos de focas foram localizadas na região que correspondia ao habitat da foca-monge-caribenha. A situação das outras focas-monges, membros do gênero Monachus tal como a espécie desaparecida, também não é das melhores. Tanto a espécie do Mediterrâneo quanto a do Havaí correm sério risco, com populações de 500 e 1.200 indivíduos, respectivamente.
A espécie foi descoberta por Cristóvão Colombo em sua segunda viagem à América, em 1494, e já foi caçada nesse primeiro encontro (oito animais foram abatidos pelos marinheiros do navegador). Do século 18 ao 20, o animal foi explorado como fonte de alimento e principalmente para obter sua banha, usada para iluminação e lubrificação.
Como a espécie vivia entre 20 e 30 anos, pode ser que alguns indivíduos tenham chegado até os anos 1970 antes de finalmente desaparecer.

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