Em média, 130 pessoas picadas por escorpião são atendidas por mês no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, de acordo com informações do coordenador do setor de toxicologia do hospital, médico Adebal Andrade Filho. O João XXIII é referência nacional em atendimentos envolvendo bichos peçonhentos. Crianças e idosos cardiopatas são as que mais evoluem para casos graves.

“Atualmente, atendemos mais ou menos 1.600 casos por ano. Desses, 3% a 5% são casos graves. Isso significa pacientes que foram picados e que têm um quadro clínico que justifica administração do soro antiescorpiônico. Na maioria das vezes, o paciente permanece em observação hospitalar e recebe analgesia. O grande problema é que, de antemão, nós não sabemos quem vai evoluir com o quadro greve, que está relacionado com os extremos etários. Crianças abaixo de sete anos e idosos, especialmente aqueles com alguma doença cardíaca”, disse o médico.

O escorpião amarelo predomina em Minas Gerais. “É exatamente o escorpião com a toxina mais potente do Brasil. Por isso, os casos aqui em Minas Gerais são mais graves que em outras regiões do país”, alerta.

Morte

Adebal Andrade destaca que, apesar da média de atendimento, a evolução fatal ‘nos casos de escorpionismo é bastante rara’. ‘Acontece também em crianças pequenas, em idosos cardiopatas e naqueles pacientes que não receberam o soro específico indicado em tempo hábil. Esse tempo é um tempo relativamente pequeno, em torno de 3 a 4 em horas (é preciso fazer) a administração do soro’.

O médico reforça que o atendimento rápido é fundamental para a recuperação. ‘Dos 1.600 casos que atendemos no Hospital João XXIII, para ser ter uma ideia, a gente em três a quatro óbitos por ano e geralmente relacionados a pacientes que procuraram a assistência tardiamente’.

O que fazer se for picado por escorpião?

Em caso de picada por animal peçonhento:

1 – Levar a vítima a um serviço de saúde o mais rápido possível;

2 – Caso o animal tenha sido capturado, levá-lo, em segurança, com a vítima ao serviço de saúde;

3 – Se não for capturado, caso seja possível, fotografe o animal de vários ângulos e leve ao serviço de saúde onde a vítima for atendida;

4 – Lavar o local da picada com água e sabão;

5 – NÃO fazer torniquete;

6 – NÃO furar ou tentar chupar o local da picada;

7 – NÃO oferecer água ou alimentos à vítima.

O Hospital João XXIII tem teleatendimento de Toxicologia: 0800 722 6001,

Fonte: Itatiaia

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