Vinte e cinco pessoas foram presas no Estado por importunação sexual neste Carnaval, de acordo com balanço divulgado pela Polícia Militar nesta quinta-feira (7). Foram registrados 41 casos.

Conforme a PM, os crimes violentos tiveram uma redução de quase 57% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os casos diminuíram de 1.848 para 796, sendo 130 diretamente relacionados ao evento. Foram oito homicídios.

Os roubos também reduziram – de 1.572 para 662, cerca de 58%. Destes, porém, teriam relação com a festa 106 casos. Além disso, foram quatro crimes de estupro, sendo um deles de vulnerável.

“Apesar da redução, não temos nada a comemorar nesses itens. Homicídio significa a perda da vida de uma pessoa. No estupro, é um crime violento com consequências grandes para a vida da vítima. Vamos estudar com muito detalhe para apresentar medidas mais eficientes e, quem sabe, chegar a um índice zero em 2020”, afirma o coronel da PM Giovanne Silva.

Já os furtos de celulares caíram 33%, passando de 1.775 em 2018 para 1.184 neste ano. Os roubos de aparelhos tiveram redução de pouco mais de 40%. Foram 341 armas apreendidas no período, mas a PM não informou os dados do ano anterior.

Atendimentos

Conforme o capitão Heitor Mendonça, do Corpo de Bombeiros, nenhum afogamento foi constatado nos pontos em que os bombeiros atuaram. Foram 559 orientações e salvamentos em balneários de todo o Estado.

Em Belo Horizonte, onde aconteceu a primeira parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), 658 foliões foram atendidos nos postos médicos avançados da corporação. A maioria deles, mas ainda sem balanço específico, foi em relação ao excesso de consumo de bebidas alcoolicas.

Ainda segundo o capitão, muitas crianças e adolescentes precisaram de cuidados pela ingestão de álcool. Ele não soube informar a quantidade de casos, nem se o número aumentou em relação ao ano passado, mas explicou que eles eram atendidos prioritariamente e depois encaminhados ao Juizado de Menores, que também estava presente no local.

Para o próximo fim de semana, quando alguns blocos ainda se apresentam no fechamento oficial da folia, a estrutura de atendimento muda, “mas manteremos o monitoramento e unidades de área farão o atendimento caso necessário”.

Planejamento

Além da tecnologia, que apoiou o trabalho dos militares, tanto para a PM quanto para os bombeiros, uma das principais causas da melhoria no atendimento e redução de ocorrências tem relação com o planejamento para o evento, que começou ainda em 2018. Por isso, as mudanças para 2020 já começam a ser pensadas, a partir de observações de erros, acertos e necessidades da festa deste ano.

“Uma das nossas preocupações é com o Carnaval de BH, que tem crescido muito. Vamos estudar cada planejamento para buscar outras soluções, com a antecedência devida, porque envolve outros órgãos e instituições”, afirmou o comandante-geral da PM.

Para os bombeiros, a preocupação continua com a aglomeração de público. Neste ano, conforme o capitão Heitor Mendonça, não foram constatados problemas de pânico e tumulto generalizado e o principal objetivo é manter a organização e orientação de blocos para concentração, deslocamento e dispersão dos blocos sob orientação do Corpo de Bombeiros.

Manifestações políticas

Questionado sobre a polêmica de manifestações políticas durante o desfile do bloco Tchanzinho Zona Norte, na sexta-feira (1º), quando a PM proibiu que os foliões entoassem palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL), o coronel Giovanne Silva afirmou que a instituição vai continuar “proibindo alguns tipos de manifestações que podem potencializar uma crise”.

Para ele, a interpretação fica a cargo de quem está comandando o policiamento no local, que poderá ou não interferir. “Não podemos deixar este tipo de manifestação. Principalmente as que partem de pessoas com influência sobre a multidão, podendo causar grande briga generalizada, porque temos sempre mais de um lado”, finaliza.

 

Fonte: HOJE EM DIA||https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/importuna%C3%A7%C3%A3o-sexual-no-carnaval-leva-25-para-a-cadeia-em-minas-1.699093

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