Nesta quinta-feira (9), comemora-se o Dia da Imunização. Aproveitando a data, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta às pessoas quanto à importância da imunização, que tem se sobressaído como umas das estratégias de prevenção mais significativas, não só no Brasil como no mundo inteiro.
Desde 1804, quando foi instituída a primeira campanha de vacinação no Brasil, contra a varíola, se busca o controle e a erradicação de doenças através da vacinação. Hoje, 207 anos depois, muitas conquistas foram alcançadas. Houve uma redução significativa no aparecimento de doenças potencialmente graves e no índice de mortalidade pelas doenças imunopreveníveis, o que levou a uma melhoria da expectativa e da qualidade de vida da população.
De acordo com a coordenadora de Imunização da SES-MG, Tânia Brant, através da imunização o organismo se torna resistente e capaz de reagir à presença de certos agentes que podem provocar doenças. ?Existem dois tipos de imunização: a ativamente adquirida e a passivamente adquirida. As duas podem ser naturais ou artificiais. A imunização ativamente adquirida natural é aquela conferida por infecções clínicas e subclínicas, e a artificial é aquela conferida pela vacina. A imunização passivamente adquirida natural, por sua vez, é aquela transferida pela mãe ao feto através da placenta, pelo colostro e pelo leite materno. Já a imunização passivamente adquirida artificial é aquela conferida pelos soros e imunoglobulinas?, explica.
Uma das formas mais populares de imunização, oferecida pela esfera pública e altamente eficaz, é a vacina. Conforme informações do Ministério da Saúde, através das campanhas de vacinação, doenças que afetavam milhares de crianças brasileiras estão controladas, o que levou à queda da mortalidade infantil em diversos países. As formas graves de tuberculose, tétano, coqueluche, difteria, rubéola e caxumba tiveram uma redução significativa. A febre amarela urbana e a varíola foram erradicadas, a poliomielite foi eliminada em quase todo o mundo, e, durante mais de dez anos, não houve confirmação de casos de sarampo no Brasil.
Mas as crianças não são as únicas beneficiadas com a imunização. Adolescentes, adultos e idosos também são foco das campanhas promovidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, criado em 1973, com o objetivo de promover a vacinação da população brasileira e, assim, diminuir, ou até mesmo erradicar, várias doenças do território brasileiro.
O PNI define o calendário de vacinação e corresponde ao conjunto de vacinas consideradas de interesse prioritário à saúde pública do país. Segundo Tânia Brant, ?Minas Gerais trabalha dentro das normas do PNI. O Ministério da Saúde envia as vacinas ao Estado, que faz a distribuição para as regionais de saúde e estas repassam aos 853 municípios, que fazem a distribuição gratuita nos postos de vacinação da rede pública?, afirma.

Graças ao PNI, o Brasil alcançou os patamares de imunização dos países desenvolvidos. No entanto, embora a média das coberturas vacinais seja elevada nos estados, a vacinação ainda não é universal. ?Ainda há crianças não imunizadas que podem adoecer e morrer por doenças imunopreveníveis?, ressalta a coordenadora. Para ela, a imunização é de fundamental importância. Além disso, a imunização não apresenta nenhum risco à saúde. ?A menos que a pessoa tenha alergia a algum componente da vacina?, completa.

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