As críticas endereçadas à ação, ou à falta dela, do atual vice-prefeito que também atrai para si os ônus advindos do cargo que acumula como secretário Municipal de Educação, as quais ultimamente tem sido constantes nas falas do atual líder do governo na Câmara; nesta última semana, por sua contundência, acabaram trazendo à baila, com certa ênfase, problemas de ordem administrativa que, sabidamente, se repetem também neste governo.

A Reforma Administrativa, aprovada pela Câmara quando o prefeito ainda contava com o irrestrito apoio da maioria dos vereadores, acabou facilitando o inchaço da máquina pública que, repentinamente, se viu ocupada por correligionários dos 22 partidos que se coligaram à época da eleição.

O resultado disso tudo ficou mais que evidente, no momento em que o próprio líder do Governo traz à baila, publicamente, mazelas referentes à nefanda prática (adoção de cabides?) que, segundo ele também ocorre na secretaria comandada pelo vice-prefeito.

Não bastassem apenas tais revelações, ainda cuidou o vereador de tecer comentários de cunho pessoal, no mínimo estranhos, quando vindos de um “aliado” que no bate e assopra, alterna elogios ao prefeito e castiga severamente seu vice, para ele inoperante, incompetente e…

É óbvio que uma dúvida enorme paira ainda hoje na cabeça daqueles que tem acompanhado de perto esta estranha e inusitada polêmica, pois, ao que se sabe, até então, não surgiu de nenhum dos lados, uma voz sequer, capaz de sugerir uma trégua entre as partes. Estranho também é o fato de que no fritar dos ovos, usando uma expressão, quem sabe até imprópria, do ponto de vista de origem política os envolvidos são sim, farinha do mesmo saco. Ambos trabalharam juntos, pediram votos e juraram defender o mesmo programa de governo, aliás, vendido como sendo o melhor para a população.

Já passou da hora da liderança maior, – se é que ela existe -, intervir e colocar um ponto final nesta pendenga que em nada soma no sentido de dar legitimidade ao governo e nenhum benefício prático trará para a cidade, caso insistam nesta forma de atuação.

O “cabideiro”, que todo mundo sabe que existe é resultante da exigência de todos os que dela se valeram quando da formação das fileiras em torno de uma mesma ideia, de uma só candidatura! Assumir o poder com o compromisso de moralizar, de melhorar as condições de vida de todo o povo formiguense, não apenas a de uns poucos privilegiados, foi o que nos prometeram. Lembram-se?

Pois bem. Um já disse o que bem quis e o outro já respondeu e ainda que de forma bem sintética, ao que nos parece, resumiu o que pensa a respeito.

Lá da “Casa Rosada” e dos demais secretários ou dos membros de seu alto escalão, não detectamos nenhum movimento a favor ou contra a postura de A ou B.

Assim sendo, no aguardo de um desfecho menos traumático para este inusitado episódio, nós aqui, enquanto observadores, deixamos claro que o mais aconselhável no momento, como diriam suas excelências lá na mais alta corte, é mesmo, num voto de confiança no futuro, nos posicionarmos apenas adotando a postura do velho ensinamento que diz: “in dubio, pro reo”.

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