A vereadora Joice Alvarenga, na reunião da Câmara Municipal dessa segunda-feira (10), falou sobre a saída da mesa diretora dos vereadores Sandromar Vieira (Sandrinho da Looping) (que ocupava o cargo de vice-presidente) e Marcelo Fernandes (que era o segundo secretário).

Joice fez questionamentos sobre o fato alegado por eles para justificar a renúncia à função e cobrou dos mesmos, respostas para alguns questionamentos.“Eu não estava na cidade quando os vereadores renunciaram as funções, fui informada por telefone pela Wilse. Desde que assumi o cargo na mesa diretora, fui sempre transparente, mas fiquei extremamente desapontada com o ocorrido, pois os dois protocolaram o documento diretamente na Secretaria Geral da Casa, ignorando os demais participantes da Mesa”, lembrou a vereadora.

(Foto: Érica Oliveira)

Joice disse ainda que se informou sobre alguns detalhes da renúncia por meio da imprensa. De acordo com a vereadora, uma das justificativas apresentadas pelos edis, em matéria divulgada pelo Últimas Notícias, foi a falta de governabilidade da Mesa. Joice Questionou ainda se em algum momento houve algo de ilícito com as finanças do Legislativo por parte da Mesa Diretora. “Eu respeito a opinião de todos, mas qual foi o erro dessa Mesa? Fui pega de surpresa e fiquei indignada com essas duas pessoas, pois chamaram a imprensa após a decisão e não comunicaram ao restante dos membros da Mesa sobre o desejo de saírem”.

Algumas questões foram levantadas por Joice para justificar a renúncia dos edis como a decisão da presidente da Casa, Wilse Marques de não registrar um Boletim de Ocorrências durante uma confusão com alguns manifestantes, durante uma reunião ordinária; ou se por desejo de alguns vereadores que defendiam a mudança de horário das reuniões do Legislativo; ou a mudança do Regimento Interno para que qualquer pessoa da sociedade pudesse usar a ‘Tribuna do Povo’, que atualmente, em razão do regimento, só pode ser cedido a representantes de entidades ou de movimentos.

Após a explanação de Joice, Sandrinho e Marcelo se posicionaram sobre o assunto:Sandrinho disse que faltou pulso da mesa na condução dos trabalhos e que os interesses do vereador não poderiam se sobressair aos dopovo. “Em momento algum eu disse que houve desonestidade desta Mesa. Não pedi em momento algum para a presidente levantar da cadeira. Só achei que a Casa perdeu o controle. O que ocorre por aqui hoje, me parece, comprova minha opinião” disse.

Marcelo Fernandes disse que não concordava com muitas atitudes da Mesa Diretora e teve seus motivos para tomar tal decisão. “Sempre acatei o que a sociedade queria e não tenho dois lados. Eu já tinha falado para a Wilse o meu desejo de sair da mesa. Íamos protocolar o documento na próxima semana e isso não foi um golpe. Acho que o horário das reuniões já poderia ter sido mudado e sobre o uso da tribuna, em janeiro um deputado esteve aqui e fez uso da palavra sem se inscrever e o pedido para usar a palavra foi negado a outras pessoas, [caso ocorrido com a cidadã Adrimara Duarte]. Tem coisas que assinamos juntos e isso é de muita responsabilidade e não quero isso”, explicou Marcelo.

Wilse Marques também se posicionou e disse que respeitava a decisão dos vereadores. “Essa mulher aqui tem a pretensão de honrar em ser a primeira mulher a presidir essa Mesa Diretora”.

Visivelmente emocionada a vereadora disse ainda: “Se eu não fosse uma mulher forte eu não estaria aqui. O início dessa Legislatura foi complicado mesmo e agora que estamos conseguindo entrar em um consenso e conseguindo trabalhar (…)”. 

 

Reportagem divulgada na imprensa

Como a vereadora Joice citou o Nova Imprensa, como tendo sido informado da decisão dos vereadores antes mesmo da comunicação chegar a presidência, os vereadores concordaram que o editor do jornal Nova Imprensa e portal Últimas Notícias, Paulo Coelho,presente à reunião explicasse os fatos: “Quero deixar bem claro que a notícia publicada no jornal e no portal, assim como as demais notícias por nós veiculadas, sempre traduzem a verdade! Nós não inventamos palavras para colocar na boca de ninguém, nem a favor e nem contra e jamais noticiamos algo, sem ouvir as partes envolvidas. Eu visito essa Casa quase todo dia e percebi o que estava ocorrendo e como jornalista, minha obrigação e vontade  era dar a notícia em primeira mão. E foi exatamente isso o que fizemos. Tão logo confirmei a veracidade do fato, liguei para a presidente da Casa. A ouvi e escrevi, exatamente o que ela falou. Nós da imprensa não temos o menor interesse em fabricar notícia, mas sim o de noticiar tudo, e se possível em primeira mão. E vocês dependem da imprensa sim, pois se não houvertransparência na Câmara, o que traz  credibilidade, esta Casa irá de mal, a pior! Mas, não cabe a nós emitir  nossa opinião. Apenas noticiamos os fatos, nossa opinião e emitida apenas em editorial”, concluiu o jornalista.

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