Os governos militares fizeram grandes investimentos, com dinheiro emprestado a juros baixos – que logo subiram à estratosfera-, em usinas hidrelétricas. O Brasil tinha tanta energia que por mais de década desestimulou investimento em outras formas de geração, como a palha da cana, a solar e a eólica. Os governos estimulavam até gerar calor com essa energia elétrica nobre.

Quarenta anos depois, herdando essa matriz, os governos petistas acreditavam-se “verdes” e davam-se ao luxo de ainda ignorar a geração verde. A governanta Dilma é responsável pela área de energia desde o governo Lula, não merecendo nenhum perdão do caos que se transformou, incluindo o petrolão, maior caso de corrupção da história da humanidade, bem como a falência prática da Petrobras, que não falirá mesmo porque será bancada por dinheiro do povo brasileiro.

Eu, de próprio punho, já fiz diversas sugestões à governanta, como substituir a iluminação por lâmpadas de led, recebendo como resposta: “a presidenta agradece suas críticas e sugestões!”, ou seja, nem leram…

Talvez a governanta devesse conhecer algumas iniciativas no mundo para entender como é que se governa de verdade. A Dinamarca, por exemplo, estabeleceu um recorde mundial em 2015 por ser o país que mais utilizou energia eólica, atendeu 42% das suas necessidades energéticas.

Isso é uma marca notável, principalmente porque, ao contrário de uma hidrelétrica, não se podem estocar os ventos que sopram daqui pra lá, de lá pra cá. E tudo isso começou com 3% em 2014. A Dinamarca está no caminho para atingir a meta de 50% de suas necessidades de energia atendidas por energia alternativa em 2020.

Segundo o Global Wind Energy Council, a geração de eletricidade por eólicas cresce 40% no mundo, sendo que tem um potencial de produção de 370 GW. E a Dinamarca tornou-se um exemplo para os outros países de que é possível ter políticas verdes ambiciosas com muita energia eólica entre outras energias renováveis no fornecimento de energia, e ainda com grande segurança de abastecimento e preços competitivos.

Já a França inicia um novo conceito de gerar energia, vai cobrir 1.000 km de estradas com painéis solares nos próximos cinco anos. Um projeto semelhante bem sucedido foi feito na Holanda, o SolaRoad, que é uma pista para bicicletas que foi coberta com painéis solares.

A França espera gerar eletricidade suficiente para atender às necessidades de 5 milhões de pessoas. Os painéis solares são do tipo “Wattway”, constituídas de uma película fina de silício policristalino, robusto o suficiente para suportar o peso de veículos pesados sem sofrer danos na superfície. Esses painéis não requerem qualquer conhecimento ou experiência especial para serem montados, de fato, eles podem ser simplesmente colocados em cima da estrada.

E, finalmente, vem da Inglaterra a surpreendente novidade. Um painel solar flutuante gigante está sendo instalado no reservatório Rainha Elizabeth II, em Londres. É esperado uma capacidade de 6.3MW, gerando 5,8 milhões de kWh por ano, o suficiente para abastecer cerca de 1.800 casas. Entendeu dona Dilma?

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