Estudos revelam que a proibição do cigarro em ambientes fechados reduziu risco de ataques cardíacos em quase 30%.
Dois estudos norte-americanos publicados semana passada indicam que as leis antifumo tiveram um impacto bem maior do que o esperado na redução de doenças do coração. Os estudos apontam que o número de ataques cardíacos na Europa e América do Norte chegaram a cair em torno de um terço após a introdução das leis que proíbem o fumo em locais públicos.
Um dos estudos, realizado pela Universidade do Kansas, teve como base dez relatórios de 11 regiões diferentes dos EUA, Canadá e Europa que adotaram essas legislações. Os resultados indicam que o número de ataques cardíacos reduziu em até 26% por ano depois da proibição.
O coordenador da pesquisa, David Meyers, afirma que à medida que aumenta o tempo de vigência das leis, o risco de problemas cardíacos tende a reduzir ainda mais. Segundo ele, os primeiros efeitos positivos puderam ser percebidos logo nos três primeiros meses de vigência das leis.
A outra pesquisa, realizada pela Universidade da Califórnia, analisou 13 estudos realizados na América do Norte, Itália, Escócia e Irlanda. Os resultados apontaram uma redução de 17% do risco de ataques cardíacos em apenas um ano de vigência da lei.
Assim como na pesquisa anterior, o impacto positivo das leis também aumentou conforme o tempo de vigência da legislação e o risco de ataques cardíacos chegou a cair 36% nos três anos após a adoção das novas leis.
Legislação brasileira
Brasil. Lei federal, de 1996, proíbe fumar em recintos coletivos, privados ou públicos.
Minas. Projeto de lei que proíbe o fumo em locais fechados de uso coletivo ainda precisa ser votado em segundo turno na Assembleia.
BH. Projeto de lei semelhante está em tramitação na Câmara.

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