No dia 12 de julho foi publicada na edição 856 do Jornal Nova Imprensa uma reportagem sobre as condições de dois acessos da cidade de Formiga, um pela avenida José Higino Filho, com obras de duplicação paralisadas e o acesso pela avenida deputado João Pimenta da Veiga, onde em uma das margens, em um terreno de propriedade da Prefeitura, há um grande depósito de lixo a céu aberto. Frisamos que tal problema existe há quase uma década.
Quando interpelado, o secretário de Gestão Ambiental Jorge Zaidam garantiu que, em 30 dias, o local estaria limpo, o que, como se vê, ainda não ocorreu.
Em 2011, o terreno foi cedido, em regime de comodato (Lei 4485 de 8 de julho de 2013) para um cidadão que utilizaria o local como depósito de material reciclado. Como o acondicionamento dos materiais recolhidos não ocorreu de forma adequada e ele inclusive, extrapolou os limites do lote, ocupando e degradando área bem superior a que lhe fora destinada, hoje, o que ali se vê é algo preocupante, em especial se pensarmos ser aquela uma das principais vias de acesso utilizada pelos que visitam esta cidade, ficou visualmente foi um incômodo para uma entrada da cidade.
Na verdade, um novo terreno em local de menor visibilidade e talvez mais apropriado ao ramo, foi cedido ao mesmo cidadão e aquele que está localizado na avenida João Pimenta da Veiga, voltou para o patrimônio do município.
No mês de julho/2013, quando a matéria foi publicada, o secretário de Gestão Ambiental garantiu que o problema estaria com os dias contados, e que também ele se incomodava com a existência daquele depósito de lixo. ?Foi dado um prazo para que esse cidadão retire todo aquele lixo de lá e esse prazo acaba nos próximos dias. Se ele não o fizer, a equipe da secretaria fará e serviço e limpará toda aquela área?.
Mas até hoje a limpeza do local que deveria ser feita pelo cidadão ou pela secretaria não ocorreu e todo o material acumulado continua por lá, onde são encontrados garrafas pet, caixas d?água, dezenas de pneus e muito entulho. A área, que não é cercada, nem possui cobertura tem servido, ainda, de ponto de descarte de lixo residencial e de carcaças.
Quarenta dias depois…
Mais uma vez procurado, o secretário Jorge Zaidam mudou o discurso e nos informou que transferiu a responsabilidade da limpeza do local. Em abril, foi aprovado na Câmara o projeto de lei 4785/2013 que doa o terreno para uma empresa da cidade (CR Pedras). ?Como a empresa pretende construir naquele local, ela mesma se comprometeu com a Secretaria de Gestão Ambiental a fazer a limpeza?, explicou o secretário de Gestão Ambiental.
Porém, acontece que no dia 1º de julho, o projeto que regulariza a doação precisou retornar para a Casa Legislativas devido a um erro na metragem da área doada, que diferentemente do que consta no projeto, não é de 1500m² e sim de 1804m². Essa revisão ainda está sob a análise dos edis. Nem todos eles deram seus pareceres e não há data para a aprovação do projeto de doação, em definitivo.
De acordo com Jorge Zaidam, há duas semanas, a secretaria deu um prazo de 60 dias para a realização do serviço e, agora, entrará novamente em contato com a empresa para averiguar a situação.
O que diz a empresa:
Ouvido pela equipe do jornal, o proprietário da empresa beneficiada pela a doação, Raniere Frasão, disse que realmente se comprometeu a fazer limpeza do local. Porém não pode fazê-la antes da Lei ser sancionada, porque há um custo de aluguel de máquinas e ele precisa ter certeza de que não haverá nenhum problema na conclusão da doação, o que é compreensível.
Por telefone Zaidam garantiu que a aprovação do projeto será feita, pois já o foi em reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico (Codecon) ?O que passa no Codecon, passa na Câmara, é uma questão de geração de empregos na cidade e ninguém se opõe?.
Enquanto isso, quem passa pela avenida, certamente não entende as razões da existência de um lixão naquela movimentada via de acesso que nos liga à BR 354.

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