O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em sua primeira reunião ministerial do ano, que deseja sucesso ao presidente Donald Trump, que toma posse nesta segunda-feira (20), e pretende manter boas relações com o republicano.

Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua para que o povo americano melhore e para que os EUA continuem a ser o parceiro histórico que é do Brasil”, afirmou Lula.

Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia e nem com a Rússia. Nós queremos paz, nós queremos harmonia, nós queremos ter uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante e não a desavença e não a encrenca, esse é o país que vamos construir, esse é o país que assumimos o compromisso de construir, esse país que temos a obrigação de entregar”, ressaltou o presidente brasileiro

Trump toma posse para seu segundo mandato na manhã desta segunda-feira, em Washington. Sem participar da cerimônia nos Estados Unidos, Lula também não enviou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao país. O Planalto será representado pela embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti.

 

Primeira reunião ministerial com Sidônio

Em Brasília, Lula comanda a primeira reunião ministerial do ano. É também a primeira com o novo ministro, Sidônio Palmeira. À frente da Secretaria de Comunicação (Secom), ele tem a missão de melhorar a popularidade do governo, em meio ao tsunami de menções negativas por causa da fiscalização sobre transações via Pix.

Lula ressaltou que a campanha para as próximas eleições presidenciais, em 2026, já começou. E disse que seus adversários já estão atuando para isso, principalmente por meio das redes sociais.

É só ver o que vocês assistem na internet, para perceberem que eles já estão em campanha. E nós não podemos antecipar a campanha porque nós temos que trabalhar. Antecipar a campanha, para nós, é trabalhar, trabalhar, trabalhar e entregar para o povo aquilo que ele precisa”, afirmou Lula.

Precisamos dizer em alto e bom som, queremos eleger governo para continuar processo democrático do país, não queremos entregar esse país de volta ao neofascismo, neonazismo, autoritarismo. Queremos entregar com muita educação”, disse Lula, ao falar do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O encontro ministerial acontece na Granja do Torto, a residência de campo da Presidência da República, que fica em Brasília. Foram convocados os 38 ministros. O encontro ocorre em meio à expectativa de uma reforma no primeiro escalão do governo federal.

Essa não será uma reunião qualquer. Será uma reunião em que a gente vai definir concretamente o que a gente vai realizar até o final de 2026. Nós passamos dois anos arrumando a casa, trabalhando a terra, cultivando a terra, plantando as coisas. E agora já sabemos o que plantamos, e temos que ter certeza que vamos colher tudo aquilo que plantamos”, prosseguiu.

Foi Lula quem abriu a reunião desta segunda. Apenas a fala dele foi transmitida pelos canais oficiais do governo. Depois dele, todos os ministros vão apresentar um balanço de suas pastas e uma projeção para 2025.

Nós vamos ver se nesse ano de 2025, a gente pode corrigir aquilo que porventura a gente tenha feito de errado ou deixado de fazer. E vamos tentar fazer com muito mais força aquilo que nós ainda não fizemos”, acrescentou Lula.

A reunião ministerial desta segunda era esperada para o fim do ano passado. Porém, em dezembro, Lula foi operado às pressas em São Paulo após a identificação de uma hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em outubro. Dias depois, ele foi submetido a novo procedimento para impedir sangramentos no cérebro.

 

Fonte: O Tempo

 

 

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