Vereadores e prefeitos de várias cidades mineiras correm o risco de perderem os mandatos. É que em março do ano passado começou a vigorar a resolução da fidelidade partidária no país. Na região, vários políticos aguardam uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Eles fazem parte de uma lista de 500 nomes que tiveram pedidos de cassação de mandatos por terem trocado de partido depois de março do ano passado, época em que começou a vigorar a resolução da fidelidade partidária no país.
O presidente da Câmara de Uberaba, Lourival dos Santos, é um dos políticos que têm os cargos ameaçados por causa da fidelidade partidária. Trocou o PSB pelo PC do B. Ele diz que ainda não foi notificado oficialmente, mas já prepara a defesa. O vereador Waldir Vilela também corre o risco de perder o mandato. E eles não estão sozinhos.
O Tribunal Regional Eleitoral de Minas recebeu 503 pedidos de decretação de perda de mandato contra vereadores, suplentes e prefeito que trocaram de partido sem justa causa depois de 27 de março de 2007. Os pedidos têm como base uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que diz que os cargos pertencem aos partidos e não aos candidatos.
O presidente da Câmara de Uberaba, Lourival dos Santos, diz que acha essa atitude errada. Ele afirma que em seu caso pode perder o cargo para pessoas que não atingiram mais de 300 votos nas eleições.
O PMDB de Divinópolis pediu a cassação do mandato de dois vereadores que, por duas vezes, trocaram de siglas. Para o juiz da Vara Eleitoral, a resolução do TSE fortalece a democracia e o poder dos partidos.

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