A greve global pelo clima, marcada para esta sexta (20) em 150 países, deve atrair milhares de manifestantes que exigem medidas concretas para frear as emissões de gás carbônico e combater o aquecimento global.
A Greve pelo Clima tem origem no “Fridays For Future” (Sextas-feiras pelo Futuro, em inglês), que ganhou repercussão com a adolescente sueca de 16 anos Greta Thunberg. Desde 2018, Greta falta às aulas nas sextas-feiras para protestar pelo clima. A iniciativa rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz e fez com que diversas outras greves se espalhassem pelo mundo. No Brasil, ao menos duas mobilizações tiveram repercussão nacional, uma em março e outra em maio.
Estão programados mais de 5 mil eventos em todo o mundo em 150 países, em uma sequência que deve terminar com uma enorme manifestação em Nova York, com a presença de mais de um milhão de estudantes, informou a agência France Presse (AFP).
Os primeiros eventos da greve
aconteceram nas ilhas Vanuatu, Salomão e Kiribati, territórios ameaçados pela
elevação do nível do mar devido ao aquecimento climático.
Na Austrália, crianças e jovens da região do Pacífico se reuniram nas ruas para se manifestar. De acordo com a rede CNN, os organizadores disseram ter atraído mais de 300 mil pessoas em mais de 100 cidades. Melbourne teve o maior protesto, com 100 mil pessoas, segundo os organizadores citados pela CNN. Em Sidney foram 80 mil e em Brisbane, 30 mil. Não há informações sobre números divulgados pelas autoridades destes locais.
Na Alemanha, manifestantes subiram sobre blocos de gelo embaixo de uma forca improvisada para alertar sobre os riscos do aquecimento global. O protesto ocorreu em frente ao portão de Brandemburgo, em Berlim.
Em Londres, estudantes empunharam cartazes com mensagens contra políticos e em apoio à greve. “Estamos perdendo aulas para te ensinar uma lição”, dizia o cartaz de uma das jovens manifestantes.
Nessa quinta (19), Greta divulgou um vídeo em suas redes sociais convocando as manifestações. “É manhã no Pacífico. Em breve o sol nascerá na sexta-feira, 20 de setembro de 2019. Boa sorte Austrália, Filipinas, Japão e todas as nações das Ilhas do Pacífico. Vocês vão primeiro! Agora mostre o caminho! Boa manifestação!”, escreveu.
Nestas ilhas, as crianças e jovens estudantes cantaram “não estamos fugindo, estamos lutando”, informou a France Presse.
“Estamos aqui para mandar uma mensagem aos poderosos, aos políticos, para lhes mostrar que estamos preocupados e que isto é realmente importante para nós”, disse à AFP Will Connor, um jovem de 16 anos de Sidney.
Fonte: G1 ||
Receba as publicações do Últimas Notícias em primeira mão no nosso grupo do WhatsApp:
https://chat.whatsapp.com/DoD79bcrBLZIqK6nRN2ZeA