A jogadora brasileira Marta conquistou pelo quarto ano seguido o prêmio de Melhor do Mundo da Fifa, em cerimônia organizada nesta segunda-feira (21) em Zurique, na Suíça.
Marta, vencedora de 2006 a 2009, é a primeira a ganhar o prêmio quatro vezes, tanto na categoria feminina como na masculina. A alemã Birgit Prinz, finalista este ano mas que não pôde comparecer à cerimônia por causa de uma indisposição, faturou o prêmio três vezes entre 2003 e 2005. O brasileiro Ronaldo e o francês Zinedine Zidane também venceram em três oportunidades.
Ganhar esse prêmio pelo quarto ano consecutivo é algo maravilhoso para mim e para o futebol feminino. Espero que isso incentive as novas jogadoras, declarou Marta, visivelmente emocionada.
Chamada de Pelé do futebol feminino, Marta confirmou seu sucesso anterior na equipe sueca do Umea e na seleção brasileira com uma temporada espetacular no futebol dos Estados Unidos, atuando no Los Angeles Sol, antes de ser cedida ao Santos, onde seguiu acumulando títulos.
No Campeonato dos Estados Unidos, conquistou o título da temporada, sendo eleita a melhor jogadora e a artilheira do torneio. No Santos, levou a Copa do Brasil e a primeira edição da Libertadores feminina, superando na final o paraguaio Assunção.
A vitória de Marta em Zurique encerra um desafio que ela iniciou em janeiro, durante a premiação de 2008, quando anunciou na cidade suíça sua decisão de mudar do frio sueco para as praias da Califórnia, com o objetivo de promover sua carreira profissional.
Antes de receber o prêmio, Marta destacou os avanços registrados no futebol feminino, e afirmou que o Brasil será hexacampeão na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.
Como brasileira, vejo o Brasil campeão do mundo, acho que ganhará na África do Sul. A Espanha tem uma excelente seleção, de altíssimo nível, e talvez até seja melhor, mas espero que o Brasil leve o Mundial.
Campeã da Copa do Brasil e da Libertadores com o Santos, Marta se disse feliz com o fato de a Fifa ter apostado no futebol feminino, mas pediu maior investimento na promoção da modalidade.
O futebol feminino já melhorou muito e atingiu patamares sem precedentes, mas ainda pode melhorar. A Fifa já fez muito, permitindo o surgimento de torneios como a Libertadores, mas ainda há muito trabalho pela frente, afirmou.
Além de Marta e de sua colega do Santos Cristiane, o prêmio de melhor jogadora do mundo era disputado pelas alemãs Birgit Prinz e Inka Grings, e pela inglesa Kelly Smith.

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