Cerca de 500 mil crianças que já poderiam ter tomado a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em Minas Gerais ainda não receberam o imunizante.

O dado foi informado pelo secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva de imprensa nessa sexta-feira (29). Ele fez um apelo para que os pais e responsáveis levem os filhos para serem vacinados.

“A proteção se dá com duas doses. Nós temos óbitos relacionados à doença, a doença mata, mas não temos nenhum efeito adverso grave de quase 2 milhões de crianças que tomaram a vacina só em Minas Gerais. Pais, vocês sempre vacinaram seus filhos, 70% já deram a primeira dose, mas é importante a segunda dose para garantir a proteção das crianças”, disse Baccheretti.

Ele destacou que neste sábado (30) será Dia D de Vacinação em Minas Gerais. Em todo o estado, postos serão abertos para a imunização contra sarampo, gripe e Covid-19.

 

Quarta dose para idosos de 60 anos ou mais

O secretário também anunciou que a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 será ampliada para idosos com 60 anos ou mais.

A deliberação com essa recomendação será publicada neste sábado (30), e municípios que têm doses disponíveis já podem iniciar a imunização desse público.

“Semana que vem, provavelmente na segunda-feira (2), os idosos de 60 anos estarão iniciando a vacinação, conforme o calendário de cada município”, afirmou.

Pandemia “controlada”

Segundo Baccheretti, os números da Covid-19 em Minas Gerais atualmente estão nos mesmos níveis do início da pandemia, mas com dois pontos mais positivos: a maior parte da população vacinada e uma cepa menos letal em circulação.

“Podemos dizer com tranquilidade que estamos com a doença controlada hoje em Minas Gerais, com 15 casos para cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias. Um mês atrás, eram 72”, disse.

O secretário avalia que há segurança na recomendação feita pelo estado aos municípios de desobrigar o uso de máscara em ambientes fechados a partir deste domingo (1º).

“A partir de 1º de maio, é seguro que os municípios tomem essa decisão, uma vez que o vírus está circulando muito pouco (…) Quem quiser usar a máscara, não está preparado para tirar a máscara do rosto, se sinta à vontade, não existe nenhum constrangimento”, falou.

Plano de contingência

Caso os números da pandemia voltem a crescer, o estado tem um plano de contingência para enfrentar esse cenário, segundo Baccheretti.

“Nós temos indicadores como taxa de ocupação, número de pacientes internados proporcional ao número de doentes, a nossa incidência. Caso a gente bata um nível de recorte, a gente começa a tomar atitude, se for necessário: abertura de novos leitos, voltar a abusar obrigatoriamente a máscara, isso tudo faz parte do plano de contingência do estado”, afirmou.

Segundo ele, é pouco provável que Minas Gerais volte a ter um pico tão intenso de casos de Covid-19 como no início deste ano e tantas mortes como em março e abril do ano passado.

 

Fonte: G1

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