O presidente da Argentina, Javier Milei, autorizou por decreto presidencial a entrada de militares dos Estados Unidos no país. A medida, publicada nessa terça-feira (30), tem como objetivo permitir a participação das tropas norte-americanas em dois exercícios militares conjuntos com a China e a Argentina. A decisão gerou controvérsia, já que, segundo a Constituição argentina, a presença de forças estrangeiras depende de autorização do Congresso.

O primeiro exercício, intitulado Solidariedade, será realizado entre os dias 6 e 10 de outubro, na cidade de Puerto Varas, no Chile. A atividade busca treinar respostas a desastres naturais e faz parte de um acordo de cooperação firmado entre os países em 1997.

Já o segundo exercício, chamado Trident, acontecerá em território argentino, entre 20 de outubro e 15 de novembro. A operação será conduzida nas bases navais de Mar del Plata, Ushuaia e Puerto Belgrano. O foco será a simulação de defesa naval e ações de assistência humanitária.

A decisão de Milei provocou reações divergentes no país. De acordo com a Constituição argentina, a entrada de tropas estrangeiras exige a aprovação prévia do Congresso Nacional. No entanto, o governo alegou que recorreu ao decreto presidencial porque o projeto de lei que trata da medida ainda está em tramitação no Parlamento, sem previsão de votação.

A autorização para a presença militar norte-americana na Argentina ocorre em um momento de tensão nas relações internacionais. Recentemente, os Estados Unidos intensificaram ações contra embarcações supostamente ligadas ao tráfico de drogas na Venezuela. O então presidente Donald Trump tem feito críticas incisivas ao governo venezuelano e chegou a ameaçar ataques aos “cartéis que chegam por terra”, ampliando o clima de instabilidade na região.

Com informações da Agência Brasil/ Itatiaia

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