A suspensão das atividades da embarcação Costa Diadema, atracada no Porto de Salvador, na Bahia, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nessa quinta-feira (30), após a descoberta de um surto de Covid-19 no navio, gerou tensão entre os passageiros. Ao menos 68 pessoas foram infectadas pelo coronavírus, sendo 56 tripulantes e 12 passageiros.

De acordo com a advogada mineira, Sandra Silva De Moro, 38, que mora em Contagem e se planejou com amigos para fazer a viagem de cruzeiro, apesar do clima tenso na embarcação, as pessoas estão conseguindo se divertir em grupos. Atrações de entretenimento foram canceladas, a piscina isolada,  mas os bares e o restaurante estão abertos. 

“Desde ontem eles tem dado informações por meio de áudios para o navio inteiro desde ontem. Comunicando mesmo que a Anvisa está controlando a situação. Disseram que não é possível descer nem embarcar ninguém no navio. Hoje pela manhã, quando a gente estava no café da manhã, as pessoas ficaram um pouco mais tensas, porque comunicaram que a gente teria que ficar nas cabines. Vinte minutos depois, eles comunicaram que os bares seriam reabertos”, explicou. 

Dentro do navio, segundo a passageira, além da orientação de uso de máscara e alcool em gel, os passageiros só devem ficar reunidos nas mesas com familires ou acompanhantes da viagem. 

“A orientação é que todo mundo fique apenas com o seu grupo familiar, para que a gente não se misture com outras pessoas. Mas está tranquilo, não está faltando nada de comer. Muita fartura e os funcionários estão sendo cordiais. Tinha uma programação de show no navio. Ontem eles foram suspensos e hoje não foi divulgada nenhuma programação.

Disseram que todos os entretenimentos estão suspensos. Presumo que o que havia sido programado para o Réveillon está suspenso até momento”, pontua. 

Sandra Silva destaca que a viagem de cruzeiro foi programa há meses pela família, composta por cinco adultos e uma criança. Afirma que não se sente frustrada por estar podendo aproveitar, de alguma forma,  com a família, mas que fica um clima de apreensão. 

“A gente realamente se programa pelo fala de não ser algo barato. Gera sim uma apreensão, mas não digo uma frustração porque quem está dentro do navio está aproveitando com as orientções de segurança. A gente aproveita, mas de forma mais contida. A gente tem se privado de socializar e curtir tudo o que o navio oferece para a gente”, explica. 

A passageira relata ainda que as pessoas que testaram positivo para a covid-19 estão sendo isoladas nas cabines do navio. “Cerca de 10% dos hóspedes são convidados a fazer testagem do covid. No navio também há vários medidores de temperatura, onde somos convidados a sermos testados”, disse.  

Fonte: O Tempo

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