Uma família de Tarumirim, na região do Rio Doce, em Minas Gerais, pede ajuda para conseguir trazer para o Brasil o corpo de Eduardo Fialho Martins, de 32 anos, que morreu na última segunda-feira (23). Ele teve um quadro grave de pneumonia e também foi diagnosticado com toxoplasmose, uma infecção causada por um parasita comumente encontrado em fezes de gato e alimentos contaminados. O valor dessa operação pode superar a quantia de R$ 100 mil.

Eduardo Fialho Martins, de 32 anos, que morreu na última segunda-feira (23). — Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

“O hospital da cidade onde ele morava já fez um atestado de óbito e enviou ao consulado brasileiro. Eles avisaram a gente que esse serviço não é gratuito e que o valor é definido de acordo com o plano funerário”, conta o irmão da vítima, o consultor de negócios Leandro Fialho Martins, 35 anos. A família já conseguiu ajuda com a prefeitura de Tarumirim que levou o caso para o Ministério das Relações Exteriores. “Um dos problemas é a urgência de resolver tudo isso. Se demorar, a França pede para fazer o sepultamento lá ou, então, cremá-lo. E a minha mãe está muito debilitada, ela quer dar um enterro digno para ele no Brasil”, relata.

Eduardo Fialho Martins se mudou para a França em 2020. Ele morava na cidade de Vénès, a cerca de 700 quilômetros da capital Paris. O mineiro mudou-se para o país após morar durante três anos em Portugal. “Ele foi para a Europa em busca de uma melhor qualidade de vida e de emprego”, conta o irmão. Na França, Eduardo trabalhava em um frigorífico, onde passava a maior parte do tempo em uma câmara fria, local utilizado para armazenar carnes em baixa temperatura. “A gente acredita que esse problema de saúde dele (pneumonia) se deu por causa do trabalho”, relata.

O mineiro deu entrada no hospital no dia 30 de dezembro do ano passado. Ele ficou internado por mais de 20 dias. A rotina era acompanhada por amigos do Brasil e outros que conheceu na França. “Ele se revezavam para conseguir ficar com ele nos hospitais”, revela o irmão. Os amigos de Eduardo ajudam a família a resolver o processo, porém, como o procedimento é burocrático, o irmão pede a colaboração das instituições no Brasil. “Se conseguirem pelo menos trazer o corpo ao Brasil, a gente encontra alguma forma de fazer com que ele chegue em nossa cidade”, implora Leandro. A família criou uma vaquinha para conseguir recursos para o translado do corpo da França ao Brasil. Eles esperam arrecadar cerca de R$ 50 mil reais.

Fonte: O Tempo

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